Educação

Habilidades de peso para o ensino

Maíra Alves
postado em 04/12/2020 21:56

Na hora de decidir em qual colégio matricular os filhos, os pais devem considerar como a instituição de ensino forma profissionais para o futuro. É isso que defende o especialista em educação e professor do Colégio Marista Cézar Lorenzetti. Ontem, ele participou de entrevista ao vivo, para o especial do Correio Escolha a Escola do Seu Filho. O especialista destacou que as habilidades humanas — human skills — e digitais — digital skills — têm sido cada vez mais exigidas no mercado de trabalho e no mundo atual.

Cézar explicou que as human skills são intrínsecas ao ser humano, mas podem ser trabalhadas, para que crianças e adolescentes desenvolvam competências no período escolar. “Português, matemática, história. Todas essas disciplinas dão base para entender o mundo. As chamadas hard skills são trabalhadas em qualquer escola. Mas, hoje, isso não basta. Atividades extracurriculares, esportes, vivências, saídas de campo, espiritualidade, trabalho voluntário. Ele (o aluno) precisa disso. Não posso ter um engenheiro que não sabe conversar com o mestre de obras, com o pedreiro. Preciso ter uma base de todas as disciplinas? Sim. Mas só isso não basta para o mercado de trabalho e para o futuro”, defendeu.

As digital skills, por outro lado, representam a forma que a tecnologia pode ser usada a favor do indivíduo. O professor ressaltou que, apesar de os mais jovens serem nativos digitais, muitos estudantes sabem apenas como mexer nas redes sociais e podem esquecer que a tecnologia tem muito mais a oferecer. “Tenho alunos que não sabem enviar um e-mail. Isso é trabalhado com o letramento digital”, afirmou Cézar Lorenzetti.

O especialista acrescentou que, além dos estudos, o autoconhecimento é um fator importante para o sucesso dos estudantes. “Ter um bom livro é importante, mas ele (o aluno) precisa se conhecer. Precisa saber os limites, até onde pode ir, saber se está invadindo o espaço do colega”, exemplificou. “É preciso ter mais foco nos livros ou no autoconhecimento? Nos dois. Mas há a hora certa para usá-los”, completou.

 

 

 

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