Agressão

Mulher é agredida por motorista de aplicativo, em Águas Claras

A vítima havia solicitado a corrida para ir à festa de comemoração do aniversário. O motorista reclamou dos balões no carro e a briga iniciou

Cibele Moreira
postado em 06/12/2020 17:13
 (crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)
(crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)

Uma moradora de Águas Claras foi agredida por um motorista da plataforma Uber, por volta das 17h40, de sábado (5/12). A bancária Geraldina Araújo, de 29 anos, havia solicitado a corrida para ir à festa de comemoração do próprio aniversário quando, ao entrar no carro, o condutor reclamou dos balões que ela carregava. 

De acordo com o relato da vítima ao Correio, ele continuou as reclamações sobre os balões, e, ela e a amiga que estava no carro, decidiram descer do veículo e chamar uma nova corrida. "Eu estava com as mãos ocupadas, então fechei a porta com o quadril. Nesse momento, ele desceu do carro e começou a me xingar, me agredir, estourou os balões, e bateu na minha cara", relata Geraldina. "Até agora estou sem entender. Foi uma agressão gratuita". O caso está sendo investigado pela 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). 

Pessoas que estavam passando pelo local no momento das agressões prestaram depoimento na delegacia. Segundo informações que constam no boletim de ocorrência, três testemunhas afirmaram que o motorista agrediu fisicamente e verbalmente Geraldina.

Uma das testemunhas conta ainda que viu a vítima entrando no carro e, pouco tempo depois, saindo do veículo com os balões na mão. O motorista desceu logo em seguida e começou a xingar Geraldina, "por que você bateu a porta sua rapariga?", e iniciou as agressões.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para atender a ocorrência, mas quando os policiais chegaram a briga havia cessado e os envolvidos foram encaminhados para a delegacia. Em depoimento, o motorista confirmou que houve desentendimento em relação aos balões, mas alegou que a passageira teria iniciado as agressões, e que ele apenas teria reagido em legítima defesa.

Em nota, a Uber se pronunciou sobre o caso, dizendo repudiar qualquer ato de violência contra mulheres. "A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes e se coloca à disposição para colaborar com as investigações, na forma da lei", diz o comunicado à imprensa. Sobre as agressões feitas pelo motorista à passageira, informou que, "este tipo de comportamento configura violação aos termos de uso da plataforma e a conta dele já foi desativada."

Ainda conforme a nota, a Uber ressaltou que, desde 2018, tem firmado um compromisso público para enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, com projetos elaborados em parceria com entidades de referência no assunto, com campanhas para motoristas parceiros. "Além disso, a empresa está sempre buscando aprimorar sua tecnologia para ajudar na segurança, de uma forma escalável, de seus motoristas parceiros e usuários."

 

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