Investigação

Delegado acusado de tráfico deve ser exonerado nesta segunda-feira

O delegado Marcelo Noronha, dois filhos e a esposa estão detidos por suspeita de tráfico e produção de drogas. Defesa da família pedirá habeas corpus

Tainá Seixas
postado em 07/12/2020 06:00
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

A defesa do delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Marcelo Marinho de Noronha, 54 anos, acusado de produzir e traficar maconha, entrará com um pedido de habeas corpus dele e dos outros três suspeitos no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) nesta segunda-feira.

Além de Marcelo, os dois filhos dele — Marcos Rubenich Marinho de Noronha, 20, e Ana Flávia Rubenich Marinho de Noronha, 25 —, e a esposa, Teresa Cristina Cavalcante Lopes, 39, estão presos preventivamente por envolvimento no caso. Após a detenção do delegado, que aconteceu na sexta-feira, o diretor-geral da PCDF, Robson Cândido, pediu a exoneração de Marcelo Noronha da Comissão Permanente de Disciplina da Direção-Geral da Polícia Civil, o que deve ser publicado, hoje, no Diário Oficial do Distrito Federal.

Investigação da Corregedoria Geral da Polícia Civil, iniciada após denúncia anônima, encontrou uma plantação de maconha em uma chácara, em São Sebastião. A análise policial aponta que Marcelo atuava em esquema de tráfico de drogas com os dois filhos, em terreno vinculado à esposa, filha de um desembargador do TJDFT. De acordo com os autos do processo, um jardineiro recebia R$ 700 semanais para cuidar do cultivo.
Relato de um dos agentes que cumpriu mandado de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e na chácara indica que a produção era desenvolvida em escala industrial. Foram encontrados, durante a operação, 24 pés da planta, 105 mudas, estufa, iluminação artificial, sementes, vasos, tesouras, balanças de precisão, documentos supostamente relacionados às drogas, armas e munições, algumas pertencentes à Polícia Civil. O advogado de defesa dos suspeitos, Cleber Lopes, alega que a produção era para consumo próprio e para uso terapêutico.

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