A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), decidiu remarcar para a próxima semana a sessão que vai ouvir o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. O encontro estava previsto para esta segunda-feira (7/12), mas acabou adiado, depois de o titular da pasta informar que não poderia comparecer e que enviaria um representante.
O objetivo da reunião era levantar dados sobre a rede de atendimento a mulheres vítimas de violência na capital federal e mapear as fragilidades desses serviços especializados. A nova data ainda será confirmada.
Dados do 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que o Distrito Federal teve 16.549 casos de violência contra a mulher no ano passado — 7,1% a mais que em 2018. Os números colocam o DF como a capital do país que mais registrou casos de violência doméstica no ano passado.
Os distritais instauraram a CPI do Feminicídio em novembro de 2019, mas as atividades foram interrompidas por causa da pandemia de covid-19. Os deputados retomaram os trabalhos em outubro último, com uma audiência pública remota sobre enfrentamento às violências contra mulheres e meninas em contexto de pandemia.
Novembro e dezembro, segundo cronograma definido após a retomada, ficaram reservados para realização de novas diligências nos serviços de atendimento a mulheres e agressores, assim como para oitivas de gestoras como as secretárias da Mulher e Desenvolvimento Social do Distrito Federal e de representantes do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Neste mês, os integrantes da comissão visitaram a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Santa Maria e ouviram familiares de três vítimas de feminicídio.
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