O secretário de Estado de Trabalho do Distrito Federal (DF), Thales Mendes Ferreira, explicou o impacto da pandemia para a taxa de desemprego da capital federal. Em entrevista ao CB. Poder — uma parceria do Correio e da TV Brasília —, nesta segunda-feira (7/12), Thales afirmou que o efeito do desemprego em função da pandemia no DF não existe mais.
De acordo com os secretário, antes da pandemia o DF tinha em torno de 288 mil desempregados em Brasília. “No início da pandemia, chegamos a um pico de 333 mil desempregados. Hoje, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) traz em torno de 280 mil pessoas desempregadas”, diz Thales.
A redução pode ser atribuída a diversos fatores, conforme explica o secretário. “Podemos atribuir isso a várias ações de governo e pela própria composição da renda de Brasília. 60% do dinheiro que circula no DF vem do setor público. Essas pessoas não foram demitidas, permaneceram no mercado de trabalho”, lembra. Quando houve a abertura do comércio, havia uma demanda reprimida de consumo, tanto de produto quanto de serviço. “Isso respingou na recuperação dos postos de trabalho e percebemos hoje que foi uma recuperação interessante”, afirma Thales.
Inseguranças
A insegurança do setor resume-se à possibilidade de segunda onda, conforme explica o secretário. “O fato é que o governo está se preparando pra isso, tanto na questão econômica, quanto de saúde. Quanto ao desemprego, de fato, é um momento bacana de consumo. Houve um despejar de muito dinheiro no comércio, em função dos próprios pagamentos do auxílio que houveram. Isso tem uma reflexão automática no comércio. A pessoa recebe esse dinheiro e sai pra gastar no comércio, no açougue, na padaria", afirma.
“A prova disso são o número de vagas que estão sendo oferecidas nas agências do trabalhador”, reforça. Atualmente, 16 agências do trabalhador estão em funcionamento total, com toda a sua capacidade de atendimento, mas há um descompasso do número de vagas oferecidas com o número alto de desemprego.
Segundo ele, o desequilíbrio ocorre devido à falta de qualificação. “O que percebemos hoje é que o mercado e setor produtivo são muito exigentes em relação às qualificações profissionais. Cada vez mais esse mercado vai ser competitivo e exigente. Se as pessoas não tiverem a qualificação necessária, fica difícil de enfrentar essa dificuldade”, ressalta.
Em função disso, a secretaria se debruçou em várias pesquisas com a Codeplan e o setor produtivo. “A secretaria lançou recentemente um curso de qualificação presencial para 47 mil pessoas que vai até 6 de janeiro. Isso na área de robótica, beleza, administração, que são aqueles segmentos que percebemos a necessidade de mercado e qualificação”, reforça Thales.
Veja a entrevista na íntegra:
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