Deputado quer votar
Vida de suplente é dura. Num dos momentos mais importantes do ano legislativo, a votação da LDO, a deputada Celina Leão (PP), que estava na Secretaria de Esporte e Lazer, reassumiu o mandato na Câmara dos Deputados ontem, deixando Tadeu Filippelli (MDB) de fora. Já é de praxe. No começo do ano, tem eleição da Mesa Diretora e o orçamento e liberação de emendas parlamentares. Todo deputado quer participar. No Executivo, Celina deixou uma assessora de confiança, Gizelle Ferreira de Oliveira, como secretária.
Requerimento do ex-secretário de Saúde
A auditoria da Controladoria-Geral do DF que apontou irregularidades na aquisição de kits para testes de covid-19, divulgada pelo Correio, foi requerida pelo ex-secretário de Saúde Francisco de Araújo, para averiguar eventuais falhas no processo de aquisição. Ocorreu antes da deflagração da Operação Falso Negativo. Os resultados serão usados como base da Secretaria de Saúde para cobrar prejuízos acusados pelas empresas contratadas.
Ausência
Ao contrário de outras solenidades de posse no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o governador do DF não participou da cerimônia de recondução da procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa. Ibaneis Rocha foi representado pelo vice-governador Paco Britto (Avante), presencialmente, e pela procuradora-geral do DF, Ludmila Galvão, por videoconferência.
Internado com covid
O coronel da reserva da PM Rogério Leão está internado desde quarta-feira na UTI do Hospital Santa Lúcia Norte com covid-19. Está com 75% dos pulmões comprometidos. A doença começou há 10 dias, quando o ex-chefe da Casa Militar do governo Agnelo Queiroz começou a sentir dor no corpo, tosse, febre e dificuldades para respirar. Na segunda-feira, o coronavírus havia tomado 30% dos pulmões. Na quarta, chegou a 75%. Leão, que estava cauteloso na pandemia, fica imaginando como se contaminou. “Tomei todo cuidado durante todos esses meses. Fiz toda uma retrospectiva. Só pode ser de alguém assintomático”, afirmou.
À QUEIMA-ROUPA
Fabiana Costa Barreto
Procuradora-Geral de Justiça do DF
O que é prioridade, agora, no segundo mandato à frente do MPDFT?
Vamos continuar trabalhando pela modernização do MPDFT e pelo fortalecimento da atividade investigativa. Temos projetos importantes na área de ciência de dados e novas tecnologias. Com inovação, criatividade, uso de estatística e compartilhamento de dados, será uma gestão voltada aos anseios da sociedade, ao acompanhamento de políticas públicas em diversas áreas e ao combate, cada vez mais efetivo, da criminalidade.
A pandemia mudou muito os planos iniciais de gestão?
Não mudou. Na verdade, nossa atuação se ampliou e fomos compelidos a trabalhar ainda mais. Fizemos adaptações, migramos de um atendimento presencial para o virtual em todas as promotorias de Justiça. Aumentamos o volume de atendimento à população, por meio da Ouvidoria, em 41%. O número de manifestações, em processos, cresceu 118% durante a pandemia, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
O trabalho do Gaeco e do CI será incrementado? A equipe continua a mesma?
Sim. Essas áreas foram reestruturadas e receberam reforço de pessoal, orçamento e tecnologia. Fizemos parcerias com órgãos públicos que atuam na área investigativa para compartilhamento de informações e troca de experiências. Implantamos sistemas de integração de dados e descentralizamos o acesso à informação, o que agiliza o trabalho de todos os promotores do MPDFT. Os resultados estão aí e são muito bons.
O trabalho da força-tarefa de combate à covid-19 tem surtido efeito?
Com certeza. Mas, infelizmente, ainda dependemos de uma vacina que, esperamos, chegue rapidamente. Uma das vitórias da força-tarefa, por exemplo, foi a transparência das informações divulgadas pelo GDF sobre a disponibilidade de leitos de UTI nas unidades de saúde. Mas, há muitas outras. Temos um grupo de mais de 40 promotores e procuradores que se dedicam incondicionalmente a esse trabalho.
E na área de direitos humanos? O MPDFT tem atuado?
Temos atuado em diversas frentes. Em relação à população de rua, a atuação nos últimos meses visa assegurar medidas para evitar a contaminação pela covid-19 e garantir o acesso dessa população aos centros de acolhimento, alimentação, saúde e condições básicas de higiene. O Núcleo de Direitos Humanos também foi reforçado com foco no acompanhamento de políticas públicas voltadas ao enfrentamento do racismo, da violência doméstica e de gênero, da assistência à população de rua e localização de desaparecidos.
Temos visto muitos casos de feminicídio. Como o MPDFT pode agir?
Há um grande esforço na área de combate à violência contra a mulher. O MPDFT conta com 44 promotorias com atuação no combate à violência doméstica e seis promotorias de apoio operacional designadas para essa matéria. O Núcleo de Proteção à Vida, criado no início de minha gestão, também atua com um olhar voltado especialmente a esse tipo de crime.
Quem foi o principal aliado na recondução e na decisão do presidente Jair Bolsonaro de nomeá-la?
O trabalho. Penso que o maior aliado de qualquer profissional é o resultado que advém da sua dedicação. Ainda que se tenha o apoio de autoridades, quando se tem uma gestão anterior que apresenta resultados, é isso que conta. A quantidade expressiva de votos únicos que recebi, com muita alegria, na composição da lista tríplice, evidencia a aprovação de uma gestão exitosa.
A senhora citou seu pai no discurso. Como ele ajudou na sua decisão de ser promotora de Justiça?
É uma pessoa muito especial. Como eu disse, o arquétipo do homem virtuoso, com quem aprendi o valor do afeto, da educação, da confiança e da capacidade de realização pessoal.
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