Coronavírus

Com avanço de casos de covid-19, GDF cria grupo para gerenciar leitos para infectados

Grupo vai manter reuniões semanais para avaliar condição de ocupações e propor abertura ou fechamento de vagas, além de apontar irregularidades

Jéssica Moura
postado em 15/12/2020 08:17
 (crédito: Breno Esaki/SES-DF)
(crédito: Breno Esaki/SES-DF)

Com a emergência de uma segunda onda da Covid-19 no Distrito Federal, o aumento nas taxas de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e incerteza quanto à campanha de vacinação, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, assinou uma portaria nesta terça-feira (15/12) que institui uma comissão para remobilizar e desmobilizar leitos para tratamento de pacientes diagnosticados com coronavírus na rede pública.

O ato, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), detalha como será o funcionamento da Comissão. Segundo texto, a comissão vai se reunir semanalmente para definir o que deve ser feito quanto a esses leitos.

Para solicitar que novos leitos sejam abertos ou que os em vigência sejam encerrados, a comissão pode pedir estudos técnicos à Subsecretaria de Vigilância à Saúde.

Caberá ainda ao grupo avaliar a proporção de ocupação desses leitos, assim como monitorar o tempo que os pacientes passam ali até receber alta. Todos esses dados, somados a estudos epidemiológicos, devem ser compilados em um relatório e repassados à Secretaria de Saúde.

A Comissão também será responsável por apontar as falhas e irregularidades no sistema de saúde quanto à oferta desses leitos. A portaria especifica que os trabalhos da comissão são temporários, e devem se estender ao longo de dois meses, que podem ser prorrogados por outros dois.

A capital federal já acumula 240.132 casos confirmados de infecções pelo coronavírus, e 4.086 mortes pela doença. A taxa de ocupação dos leitos de UTI para tratamento da doença tem aumentado nas últimas semanas, e chegou ao nível de 64,7% nesta terça. Em outubro, quando o índice de transmissão do vírus arrefeceu, o GDF desmobilizou os 170 leitos do hospital de campanha do estádio Mané Garrincha. Enquanto isso, a obra do hospital de campanha em Ceilândia, que começou em julho com a promessa de abrir outras 60 vagas, sendo 20 com suporte respiratório e 40 de enfermaria, ainda não foi entregue.

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