LAZER

Feira da Garrafeira, na 215 Sul, surge como boa opção para compras de Natal

Montada em forma de banquinhas, a feira traz um misto de sabores artesanais e quase nenhum manufaturado

Liana Sabo
postado em 18/12/2020 06:00
 (crédito: Su Maestri/Divulgação)
(crédito: Su Maestri/Divulgação)

Garimpar presentes para pai, mãe, marido, mulher, filhos, avós, netos, amigos queridos, colaboradores e parentes próximos do amigo oculto faz parte da rotina dos dias que antecedem o Natal. Contudo, a presença do novo coronavírus está fazendo com que se tenha de evitar lugares fechados e aglomerações, e se passe a procurar espaços abertos. Neste sentido, a Feira da Garrafeira, que se realiza todos os sábados pela manhã, na 215 Sul, surge como boa opção, especialmente nesse fim de semana, quando funcionará três dias seguidos: hoje, de 13h às 18h, sábado e domingo, das 9h às 15h.

Montada em forma de banquinhas, a feira traz um misto de sabores artesanais e quase nenhum manufaturado. Trata-se de "um lugar onde você encontra muitos produtos para sua casa e qualidade de vida", afirma a idealizadora Beatriz Schwab, fundadora do Instituto Chamaeleon, que atende mulheres e crianças vítimas de violência. A feira, porém, foi uma iniciativa do grupo Mulheres de Sucesso, fundado há oito anos, e que reúne mais de 150 sócias. "Elas justamente procuravam um lugar onde pudessem expor e comercializar o trabalho, quando identificamos o vão livre entre os Blocos A e B da 215 Sul, gentilmente cedido pelo proprietário da loja de vinhos A Garrafeira, Carlos Medeiros", informa a líder.

Defumados

Se você ainda não conhece, vai se surpreender com os produtos da Goyás Caipira e Artesanal, grife caseira de embutidos que funciona no Guará, num fundo de quintal onde são mantidos os defumadores das peças, como a copa suína defumada (R$ 45), além da calabresa, lombo, pancetta, peito de frango, bacon, linguiça de pernil com e sem pimenta. O produtor PH Caovilla garante que prepara as carnes sem química e ele próprio é quem apresenta as iguarias e oferece prova na feirinha.

Outra presença constante aos sábados é da dupla Gilceana Galerane e Cleilson Bezerra. A partir de 2018, eles desenvolveram a Charcutaria Candanga, cuja "ideia inicial era apenas incorporar um hobby como forma de agradar a família nos fins de semana, produzindo linguiças artesanais", relembra Gil, como é chamada na família. Os amigos gostaram, o pequeno negócio se ampliou e Cleilson se especializou por meio de cursos, passando a produzir salsichas do tipo alemãs e defumados. Há oito sabores de linguiças, além de salsichões e salsichas que podem ser apenas pré-cozidas. A marca está presente em bares, empórios e restaurantes, e aceita encomendas por WhatsApp ou redes sociais. A produção é limitada para garantir o frescor e a qualidade. Destaque para a saborosa manta recheada em formato retangular, que pode vir em três sabores: cheddar e bacon defumado; tomate seco, rúcula e muçarela; e queijo coalho. Qualquer uma sai por R$ 22 (500g).

Doces e salgados

Com as duas primeiras letras de seu nome, a doceira Michelle Flaviane criou a grife Mi-doces, confeccionada em casa e oferecida aos sábados. São brigadeiros tradicionais (R$ 3,50 a unidade), bolo no pote, doces personalizados, tortas como red velvet, naked, alemã e de limão por R$ 25 (600g). Já Tammy Inglez, formada em engenharia mecânica e trabalhando em home office, que adora cozinhar, optou por fabricar deliciosos cookies que vende também congelados para você levar para casa.

Não dá para não levar o bolo de banana que Moema Brochado deixa supersaudável sem usar açúcar, nem farinha. Tem, também, um pão caseiro de cebola que pode degustar com a geleia de pimentão, o patê de fígado de galinha ou a musse de alho com ricota por R$ 8 o potinho de 180g — tudo na banquinha Delícias da Mema. A banqueteira Maria das Graças também encontra tempo para apresentar suas comidinhas, como quiches, pão de queijo e outras iguarias que saem do bufê Sabor com Arte.

Flores e cosméticos

Coube à paisagista Fátima Faro, de família portuguesa, apresentar a peça mais inusitada da feira: Kokedama, que é uma bola de musgo com raíz semelhante ao do bonsai, que não cresce. Só precisa aguar duas ou três vezes por semana. Suspensas dentro de casa, podem portar flores, folhas e ervas como as aromáticas usadas na gastronomia. "Os chefs têm me pedido muito porque, além de decorar e perfumar o ambiente, são usadas no tempero, como hortelã e manjericão", revela Fátima. A de manjericão sai por R$ 30.

Você ainda encontra sugestão de presentes na banquinha Mahogany, de Gilse Alves, que tem perfume, sabonete e bonitos vidros decorativos. Há, ainda, a Experiência do Lar, de Diva Teixeira, artesã que confecciona guardanapos natalinos, almofadas e capas de sousplat, e a banquinha de Monique Mihessen, com artigos de cozinha, como lindas tábuas de madeira e pratos de acrílico e de cerâmica que podem ir ao forno.

Vinhos

A primeira grife a despontar na feira, aberta uma semana antes do início da pandemia e logo interrompida para voltar só em julho, foi a Famiglia Valduga, defendida por Bia Schwab. Ela representa dois braços importantes da centenária marca gaúcha: Casa Madeira, de sucos, chás, geleias e creme balsâmico e pimentas; e Vinotage, de cosméticos feitos com sementes e óleos das uvas, como Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Além disso, há outros produtos do Sul, como o azeite, os biscoitos artesanais Italinni de vários sabores, inclusive cappuccino, e o chocolate Devorata, que tem as melhores trufas brasileiras.

Mas, quem primeiro teve a ideia de aproveitar o espaço contíguo à loja de esquina do Bloco A da 215 Sul foi o empresário gaúcho Carlos Medeiros, que atua no mundo de vinhos há quase quatro décadas. Começou em 1981, numa loja no Cine Centro São Francisco, em parceria com o irmão Paulo, que até hoje mantém a Adega Don Raphael. Carlos, por sua vez, abriu A Garrafeira 20 anos mais tarde, na 311 Sul, com a venda exclusiva de rótulos brasileiros. Em 2018, transferiu o negócio para a 215 Sul, onde estendeu as vendas para vinhos importados de mais de 30 países.

Ao concluir a edição especial de Natal no domingo, a Feira da Garrafeira encerra as atividades este ano e voltará a funcionar em 16 de janeiro de 2021.

Feira da Lua

A tradicional Feira da Lua promove, em parceria com o Sebrae, uma edição especial de Natal. A feira funcionará de hoje a domingo, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, das 10h às 21h. A entrada é gratuita. O evento contará com controle de acesso, para evitar aglomerações, devido à pandemia do novo coronavírus.

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