Capital S/A

Samanta Sallum
postado em 17/12/2020 21:37
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

2020: O pior ano na história do comércio no DF

Fim do ano chegou, hora dos balanços e, neste caso, de recolher os cacos espalhados pela pandemia no setor econômico. Balanço das entidades comerciais aponta que foi o pior ano da história, mas sinaliza esperança em 2021, com mais fôlego na recuperação do setor.


Alívio com o Refis

A esperança de volta por cima, no DF, se direciona ao perfil de renda das famílias do Distrito Federal (fortemente influenciado pelo setor público) com consumo reprimido, portanto, com acúmulo de poupança. E no Refis 2020. O programa de refinanciamento de dívidas para o setor de empresarial, promovido pela Secretaria de Economia do DF, criou um novo ambiente de negócios ao permitir ampla regularização fiscal das empresas, deixando-as em condições para seguir seus negócios.


Retrospectiva negativa

O mês de abril foi considerado o “fundo do poço”, com uma forte redução no volume de vendas. A partir de maio, iniciou-se uma lenta recuperação. Ou seja, o ritmo de recuperação vem se estabilizando, mas ainda abaixo dos níveis de venda anteriores à pandemia. Especificamente no setor de serviços, a recuperação ainda está mais lenta.


Curva de prejuízos

No caso do Distrito Federal, a Pesquisa Mensal do Comércio – PMC, realizada pelo IBGE, aponta que o volume de vendas do comércio varejista ampliado acumula até outubro uma redução de
-6,1%, e, em 12 meses, de -4,5%, perdendo, apenas, para os estados BA
(-6,0%), CE (-5,6%) e SE (-5,15).


Mais confiança

O Índice de Confiança do Empresariado do Comércio do Distrito Federal – ICEC-DF realizado pela Confederação Nacional do Comércio – CNC, mostra a volta do otimismo dos empresários. Apresentou, em novembro último, o melhor indicador pós-pandemia (104,7) face aos 133,6 em março, e o pior (69,8) em julho.


Cenário nacional

Segundo a CNC, no melhor cenário, o ano fecha com um crescimento de 2,2% em relação anterior em nível nacional, puxado pelo comércio eletrônico (e-commerce), a ajuda emergencial do governo federal e com uma inflação de janeiro a novembro de 3,13%.


Senai entrega ventiladores pulmonares

Uma equipe multidisciplinar, formada por 12 instrutores de diversas especialidades do Senai, trabalhou numa ação voluntária para recuperar os equipamentos. Os ventiladores pulmonares são essenciais no atendimento aos pacientes internados por covid-19. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no DF colocou em operação 66. São da rede pública de Saúde e estavam parados. Mas, agora, foram consertados, sem custos para o governo local. A ação ocorreu em escolas do Senai de todo o Brasil e colocou em funcionamento 2,4 mil equipamentos no total.


Em Taguatinga

No DF, foi iniciada em abril, quando um ambiente de aulas da área Automotiva do Senai Taguatinga foi adaptado para receber os ventiladores. O Senai-DF recebeu 99 ventiladores pulmonares. O índice de reparo foi de 66%.


Salvar vidas

“Foi um trabalho voluntário, uma ação humanitária que é motivo de orgulho para o Senai e que só foi possível pelo esforço e pela dedicação da equipe técnica e dos parceiros. Cada ventilador reparado é um equipamento a mais disponível para a rede de saúde, que pode ser determinante para salvar vidas, durante a crise de saúde causada pela covid-19”, afirma o diretor regional do Senai-DF, Marco Secco.


CNI cobrou recursos para Ciência e Tecnologia

Apenas cerca de 13% dos R$ 6,8 bilhões arrecadados pelo fundo do Setor, em 2020, estão disponíveis para investimentos em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) realizadas por universidades, institutos de pesquisa e empresas.


Pedido de urgência

A Câmara dos Deputados aprovou, ontem, em regime de urgência o PLP 135/2020, que estabelece o fim do contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT) e garante, assim, o uso ainda este ano.


Prioridades na pandemia

“É fato, vivemos uma crise sanitária e uma crise fiscal. Mas, se não investirmos em ciência, tecnologia e inovação, não conseguiremos sair de nenhuma das duas. E isso está atrelado às prioridades estabelecidas pelo país”, afirma a diretora de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gianna Sagazio.

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