Capital S/A

Samanta Sallum
postado em 28/12/2020 22:19
 (crédito: Reprodução/Internet)
(crédito: Reprodução/Internet)

Incertezas sobre vacinação deixam indústria em alerta

O empresário industrial do Distrito Federal fechou o ano de 2020 confiante, apesar das dificuldades impostas pela crise provocada pela pandemia. O clima é de otimismo, porém com cautela. O empresariado ligou o sinal de alerta. E o motivo é a politização gerada em torno da vacina contra a covid-19.

 

Confiança
X expectativas

De julho até dezembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial do DF (Icei-DF) vinha subindo. Este é o sexto mês consecutivo de aumento. Marcou 60,4 pontos, subindo 1 ponto em relação ao mês de novembro. A confiança da indústria foi sendo retomada quando o GDF autorizou a reabertura das atividades do comércio, reaquecendo o consumo. A elevação do índice fez o dado aproximar-se do medido em março, de 62,6 pontos, quando os decretos de fechamento de atividades ainda não haviam afetado a percepção dos industriais. Mas, o comportamento do índice de expectativas foi diferente. Apesar de ainda ser positivo, recuou 1,6 ponto em relação a novembro.

 


Fôlego para as empresas

“Terminar 2020 com empresários confiantes é extremamente positivo. A indústria, assim como todos os setores da economia, foi muito afetada pela crise da covid-19, e as previsões para o fim do ano não eram positivas, especialmente quando analisamos pesquisas feitas no segundo trimestre. Porém, a retomada do consumo e algumas ações de governo, como a aprovação do Refis, trouxeram fôlego para as empresas”, avalia Jamal Jorge Bittar, presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra). O Icei-DF é medido, mensalmente, pela Fibra, em parceria com a CNI, o IEL-DF e o Sebrae no DF. Os dados deste mês foram coletados de 1º a 11 de dezembro.

 

“O empresário acende
um alerta quando observa
o aumento dos casos da covid-19 no país e a falta de clareza na política do governo federal sobre a vacinação, fato que justifica a queda nas expectativas para os próximos
seis meses”

Jamal Jorge Bittar, presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra)

 

“Este ano, os empresários se superaram. Venceram aqueles que tiveram criatividade. Houve um grande empenho do sistema Fecomércio-DF para apoiar nossos associados no momento de crise. E continuaremos ainda mais em 2021. Será o ano para recuperarmos o tempo perdido e buscarmos o que deixamos para trás”

Francisco Maia, presidente da Fecomércio DF

 

“Na hora da dificuldade, temos a oportunidade de aprender, amadurecer e se reinventar. Em 2020, despertou um clima de empatia e contribuição com o próximo. Espero que, em 2021, possamos ser mais assertivos e mais humanos. Desejo muita saúde, paz e prosperidade para todos!”

Beto Pinheiro, presidente Abrasel-DF

 


“2020 foi um ano que nos proporcionou oportunidades incríveis de voltar nossos olhos para a família, maior projeto de Deus para nossas vidas, e de repensarmos como estamos cuidando de nossa saúde, pais, irmãos, filhos, amigos, espiritualidades e crescimento profissional e técnico. Quem foi sábio aproveitou muito! Em 2021, colheremos todos os frutos que plantamos este ano!”

Francisco Caputo, advogado e sócio do escritório Caputo Bastos e Serra, e conselheiro federal da OAB

 

Benefício fiscal gera polêmica

Gerou polêmica o decreto do GDF que concede benefícios fiscais a empresas de grande porte. A medida, publicada em 24 de dezembro, concede abatimento de ICMS a empresas que comprem terrenos no DF. Como só vale para grandes empreendimentos, com investimento de pelo 100 milhões, parte dos empresários no DF criticou o benefício por atender mais empresas vindas de estados. A Secretaria de Economia do DF ressaltou que a medida é necessária para impedir que a capital perca empresas para Goiás, pois o estado vizinho tem legislação semelhante.

 

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