Crime

Pai e filha de 2 anos feridos

Criança e homem de 23 anos que a carregava no colo precisaram de atendimento médico após terem partes do corpo atingidas por fogos de artifício lançados em comemoração de ano-novo com aglomeração de pessoas em Ceilândia

» Ana Isabel Mansur
postado em 03/01/2021 21:46 / atualizado em 03/01/2021 21:47
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Pai e filha viveram momentos de tensão quando celebravam a chegada do ano-novo. Joel Luiz da Silva Ferreira, 23 anos, caminhava com a filha de 2 anos no colo, na Expansão do Setor O, em Ceilândia, quando ambos foram atingidos por estilhaços de fogos de artifício. O artefato veio de uma festa, com diversas pessoas aglomeradas, em desrespeito às normas de distanciamento social de combate à disseminação do novo coronavírus. A família prestou queixa na 24ª Delegacia de Polícia, que apura o caso.

O incidente aconteceu na virada do ano. Joel e a menina não participavam da celebração, apenas passavam a pé pela rua, por volta das 2h. Quando percebeu o estouro, chegou a colocar o rosto na frente da criança para tentar protegê-la, sem perceber que ela já havia sido atingida. Ele ficou com o rosto e parte do pescoço machucados e a menina, com a perna ferida.

Daniele Pereira da Silva, 22, sobrinha de Joel, explica que o ferimento da criança foi notado no caminho para o hospital. “Até então, a gente achava que tinha pegado só no meu tio. A bebê chorava muito no carro e ninguém estava entendendo o porquê. Foi então que a mãe dela levantou o vestidinho e viu o osso da perna para fora”, relata. “Na verdade, os fogos estouraram nela. Na hora, meu tio colocou o rosto na frente para tentar protegê-la”, explica Daniele.

A família se dirigiu, primeiramente, ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas o pai precisou ser transferido para o Hospital de Base e só foi liberado no dia seguinte. A criança recebeu alta no mesmo dia.

Segundo Daniele, Joel ainda está bastante machucado. “Ele levou pontos no rosto e ainda está bem inchado. O machucado acabou infeccionando”, conta a jovem, acrescentando que a criança está bem.

“Ainda não sabemos o que vai acontecer com a pessoa que soltou os fogos. Falaram que precisávamos ir ao IML (Instituto Médico Legal), mas meu tio ainda não conseguiu. Ele deve ir lá amanhã”, completa Daniele sobre as orientações recebidas na Polícia Civil. Até o fechamento desta edição nenhum suspeito de ter soltado os fogos que atingiram pai e filha havia sido identificado.

 

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Violência de gênero faz quatro vítimas

Nos três primeiros dias de 2021, quatro mulheres foram vítimas de violência dos ex-companheiros. O caso mais recente aconteceu, em Samambaia, na noite de sábado, quando um homem pulou o muro da casa da ex-esposa. Ela se trancou dentro da residência para evitar que ele invadisse o local. O agressor quebrou o vidro da porta para forçar a entrada.

Segundo a mulher, ele teria usado uma faca para intimidá-la. A Polícia Militar prendeu o homem em flagrante. A arma branca foi encontrada pelos policiais dentro do carro dele, estacionado em frente a casa. O autor foi encaminhado à 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) e será indiciado no âmbito da Lei Maria da Penha.

No mesmo dia, em Taguatinga, um homem invadiu a casa da ex-mulher, quebrando a porta. Lá dentro, estuprou a vítima e roubou o celular dela. Policiais encontraram o suspeito dentro de um comércio na região, onde foi preso e levado para a 12ª DP (Taguatinga Centro).

Na virada do ano, no Guará, uma jovem de 22 anos foi feita refém pelo companheiro, que ameaçou feri-la com uma faca. Eles discutiam em uma rua, na QE 40, próximo a um posto de combustível. Testemunhas afirmaram que, irritado, o suspeito deu um soco na vítima, foi em casa buscar a faca e disse que iria matá-la. O homem foi preso e encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

A outra tentativa de feminicídio aconteceu na Cidade Estrutural, em 1º de janeiro. Uma mulher de 39 anos foi alvo de tiros do namorado, de 43. Ela foi visitá-lo, mas o homem recusou-se a recebê-la, por estar acompanhado de outra pessoa. Após ela quebrar dois vidros do carro dele, o suspeito sacou uma arma de fogo e disparou contra o portão, onde a vítima estava com a filha. Ninguém ficou ferido. O agressor preso e encaminhado à Deam.

Canais de apoio
As mulheres vítimas de violência podem recorrer aos canais oficiais em busca de ajuda. O Disque 280 registra as denúncias de violência. Além disso, os Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceam) ofertam acolhimento e acompanhamento interdisciplinar (social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica) às mulheres em situações de violência de gênero.

Homem é assassinado a tiros em feira

Nas primeiras horas da manhã de ontem, um crime chocou os moradores do Paranoá. Um homem foi morto a tiros e três mulheres ficaram feridas enquanto caminhavam entre as barracas da Feira do Produtor da cidade.

Segundo informações da Polícia Civil, o autor dos tiros é um homem que chegou, de moto, ao local acompanhado de um comparsa. Ao avistar o alvo, o suspeito desceu do veículo, e efetuou os disparos. Duas das mulheres atingidas eram da mesma família do vítima. A terceira mulher baleada não tinha ligação com os demais, segundo a investigação.

Hemorragia
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado para prestar os primeiros socorros às vítimas. O homem morreu no local. As três mulhes foram encaminhadas a unidades de saúde para atendimento. Uma delas, de 49 anos, sofreu várias perfurações pelo corpo e teve choque hemorrágico.

O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). De acordo com o delegado adjunto, Zander Pacheco, uma das hipóteses é de que o crime tenha se tratado de um acerto de contas. “Aparentemente, foi vingança relacionada a uma briga antiga entre famílias de ciganos”, adiantou Pacheco. Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito havia sido preso. (JM)

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