O homem acusado de se passar pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para aplicar golpes por meio do aplicativo WhatsApp recebeu cerca de R$ 3,7 mil em uma transferência realizada por um contato próximo ao chefe do Executivo local. O estelionatário, de 28 anos, trabalha em uma empresa de segurança privada e foi preso na tarde desta segunda-feira (4/1), em Goiânia, por policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC).
Policiais civis do DF receberam a informação acerca do golpe na manhã do mesmo dia. Após diligências, os investigadores se deslocaram até Goiânia e prenderam o autor no centro do município goiano, por volta das 17h. "Inicialmente, ele não quis assumir a participação no crime, mas logo em seguida mudou de ideia e confessou. Na casa dele, encontramos o material utilizado, como cartões de banco e celulares", detalhou o delegado à frente das investigações, Giancarlos Zuliani.
O estelionatário integra uma quadrilha especializada em aplicar golpes por meio de aplicativos. Dois outros suspeitos por envolvimento no crime foram identificados pela polícia. Um deles, segundo as investigações, pertence a uma facção criminosa e tem extensa ficha criminal por tráfico de drogas, homicídio, entre outros delitos. "O que já foi preso seria o superior e tem uma atribuição maior. O que percebemos é que ele está em um nível maior, principalmente pelos contatos por dentro do presídio. Os outros seriam recrutadores, que atraía as pessoas", afirmou o delegado.
Políticos como alvo
Uma situação semelhante ocorreu em agosto de 2020 com o deputado federal Israel Batista (Partido Verde). O parlamentar teve o chip do celular e a conta do WhatsApp clonados por criminosos. O deputado registrou boletim de ocorrência e conseguiu recuperar o número de telefone.
Pelas redes sociais, Israel Batista orientou os seguidores. “Avisei porque os criminosos começaram a pedir depósitos bancários para todos os contatos da minha lista”, explicou. E completou. “Liguei para a operadora de outro telefone e fui direcionado a desligar e ligar o aparelho novamente. O celular retornou, mas pediu nova instalação do WhatsApp. Quando fui mandar código de verificação, para baixar novamente o aplicativo, não recebi nada e notei que poderiam ter clonado também o meu chip”, informou.
Outro alvo de criminosos cibernéticos foi o deputado distrital e vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Rodrigo Delmasso (Republicanos). No ano passado, a página dele no Facebook foi hackeada quatro vezes. Ele também registrou boletim de ocorrência
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