O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) concedeu liberdade ao homem acusado de se passar pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para aplicar golpes cibernéticos. O jovem, de 28 anos, não tem antecedentes criminais e, segundo o Correio apurou, passou por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (5/1), em Goiânia (GO), onde foi liberado.
O segurança de uma empresa privada foi preso, no centro da capital goiana, na manhã dessa segunda-feira (4/1) por policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) do DF. Com ele, os investigadores encontraram materiais utilizados para aplicar golpes, como celulares e cartões bancários. Outros dois envolvidos estão sendo procurados pela polícia. De acordo com o delegado à frente das investigações, Giancarlos Zuliani, chefe da DRCC, será pedido mandado de prisão contra os dois.
Policiais civis do DF receberam a informação acerca do golpe na manhã dessa segunda-feira. Após diligências, os investigadores foram à Goiânia, onde capturaram um dos suspeitos. Apurações revelaram que o estelionatário conseguiu mais de R$ 3,7 mil com um contato próximo de Ibaneis Rocha. O valor foi depositado na conta do golpista e sacado em seguida.
Um outro integrante da quadrilha faz parte de uma facção criminosa e tem extensa ficha criminal por tráfico de drogas e homicídio. No esquema criminoso, o ex-presidiário atuava como "chefe". Os demais envolvidos, entre eles o segurança, eram recrutadores. “O recrutador, por sua vez, tem a função de fazer uma pesquisa e procurar pelas vítimas. Há um trabalho de coordenação, uma vez que, ao receberem os valores, eles precisam sacar esse dinheiro das contas bancárias”, explicou o delegado.
Políticos como alvo
Uma situação semelhante aconteceu em agosto de 2020 com o deputado federal Israel Batista (Partido Verde). O parlamentar teve o chip do celular e a conta do WhatsApp clonados por criminosos. O deputado registrou boletim de ocorrência e conseguiu retomar o número de telefone.
Pelas redes sociais, Israel Batista orientou os seguidores. “Avisei porque os criminosos começaram a pedir depósitos bancários para todos os contatos da minha lista”, explicou. E completou. “Liguei para a operadora de outro telefone e fui direcionado a desligar e ligar o aparelho novamente. O celular retornou, mas pediu nova instalação do WhatsApp. Quando fui mandar código de verificação, para baixar novamente o aplicativo, não recebi nada e notei que poderiam ter clonado também o meu chip”, informou.
Outro alvo de criminosos cibernéticos foi o deputado distrital e vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Rodrigo Delmasso (Republicanos). No ano passado, a página dele no Facebook foi hackeada quatro vezes. Ele também registrou boletim de ocorrência.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.