Obituário

Morre, aos 89 anos, Rachel do Amaral, pedagoga pioneira de Brasília

Professora aposentada, Rachel do Amaral foi uma das primeiras pedagogas da cidade e pioneira na área de educação

Jéssica Moura
postado em 06/01/2021 13:47 / atualizado em 06/01/2021 14:51
Rachel veio para Brasília em 1958, acompanhando o marido -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Rachel veio para Brasília em 1958, acompanhando o marido - (crédito: Arquivo Pessoal)

Uma das pioneiras da nova capital, Rachel Neves Teixeira do Amaral, morreu na manhã desta quarta-feira (6/7), aos 89 anos. Ela estava internada há quase dois meses por causa de uma pneumonia. Rachel Amaral não resistiu às complicações da doença.

Quase um ano depois que o marido mudou-se de Belo Horizonte (MG) para trabalhar na nova capital, no final de 1958, Rachel deixou a cidade natal, tomou os três filhos e veio morar com eles na 710 Sul. Naquele período, as obras estavam a todo vapor e as crianças cresceram em meio aos canteiros de terra vermelha. Aqui, ela teria ainda mais três filhos.

Como já trabalhava como professora na capital mineira, passou a exercer a mesma profissão no que viria a se tornar o DF e foi uma das primeiras pedagogas da cidade. Sem sistema de transporte constituído, era o marido que a levava de jipe à escola na Candangolândia, onde trabalhava, e ainda aproveitava para dar carona às colegas. Uma das paixões de Rachel era a Escola-Parque da 308 Sul, onde também participou da inauguração.

Rachel Amaral deixa seis filhos, 13 netos e 3 bisnetos. Todos eles costumavam se reunir aos domingos na casa da matriarca, de ascendência italiana, para o almoço. Com a emergência da pandemia do novo coronavírus, ela se viu isolada da família e entristeceu com a distância. Por isso, há alguns meses, as visitas foram restritas a um filho por semana, na casa em que vivia no Lago Sul, de máscara e mantendo o distanciamento. "Família é a melhor coisa que tem", era uma de suas frases costumeiras.

 

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