Eixo capital

Alexandre de Paula
postado em 15/01/2021 21:34
 (crédito: Reprodução/Divulgação)
(crédito: Reprodução/Divulgação)

Nas mãos do Ministério da Saúde

O GDF se mantém firme na decisão de deixar para o Ministério da Saúde a compra de vacinas contra a covid-19. O Executivo local vai seguir o plano nacional e aguardará o recebimento das doses enviadas pelo governo federal. A expectativa é que a pasta consiga comprar e distribuir de forma rápida em volume suficiente para atender a todo o país, mas o processo não será fácil.

 

Combate à desinformação

Uma das missões assumidas pela comissão especial instalada na Câmara Legislativa para fiscalização e acompanhamento da vacina no Distrito Federal será combater a desinformação sobre o tema. Em tempos de comunicação instantânea, notícias falsas — algumas absurdas — circulam com muita velocidade e ganham força nas redes. Em alguns casos, é importante notar que a desinformação ganha o aval de autoridades.

 

Pressão

A reclamação de profissionais da educação e da segurança quanto à exclusão dessas áreas dos grupos prioritários no plano local de vacinação contra covid-19 surtiu efeito. As áreas são fundamentais para os governos e têm categorias fortes que pressionaram muito para reverter a situação. Ter servidores da segurança e da educação insatisfeitos traz um peso político muito grande.


De olho em 2022

Nos bastidores, começa a se desenhar uma frente política para tentar derrotar o governador Ibaneis Rocha (MDB). Publicamente, ninguém assume, mas um grupo pode se formar em torno do senador Izalci Lucas (PSDB). Nada está definido, mas poderiam estar ao lado dele a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania) e o marido, Luiz Felipe Belmonte — que é suplente de Izalci. Também há diálogo com o ex-governador e ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania).

 

Base

Em entrevista recente à coluna, o senador disse que não lançará candidatura agora e que não quer antecipar o processo sucessório. Na prática, entretanto, começou a trabalhar para se viabilizar. A estratégia agora é se fortalecer nas bases, buscando capturar lideranças locais e construir campos eleitorais nas cidades.

 

À QUEIMA-ROUPA

Rafael Sampaio, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo)

A Polícia Civil, assim como as outras corporações, continuou nas ruas durante toda a pandemia e se expôs a riscos. Havia medidas de segurança suficientes para proteger os profissionais?
Na verdade, não existem instrumentos suficientes de proteção que permitam o desempenho regular da atuação policial com segurança em relação à covid-19. Desse modo, podemos afirmar que a manutenção dos policiais na rua, atendendo ao público, por si só, já gera um maior risco de contaminação, o que é ressaltado pelo índice de contaminação de nossos servidores, que é três vezes e meia maior do que o do público em geral.

No ano passado, saiu a recomposição para as forças locais. Que importância isso teve para a Polícia Civil?
A importância foi grande, deu um alívio ao servidor e um sentimento de que o GDF reconhece a situação de perdas salariais que estamos enfrentando, visto que estávamos sem qualquer recomposição desde 2013, o que não aconteceu com nenhuma carreira, seja federal ou distrital. Infelizmente, o governo federal inviabilizou a concessão do reajuste proposto pelo GDF, diminuindo-o a um percentual quatro vezes e meia menor.

A paridade com a Polícia Federal continua como reivindicação? A articulação por isso continuará?
Sim. É o nosso paradigma e uma questão de justiça.

A relação com o GDF no governo Ibaneis melhorou?
O governo quitou praticamente todos esses passivos de investimento, delegacias reabertas, a frota foi renovada, armas e equipamentos adquiridos, autorizados concursos etc. Falta corrigir nossos salários, mas cremos que o governador Ibaneis fará o possível para cumprir essa promessa.

Hoje, quais são as principais demandas da categoria?
Salarial, já que enfrentamos perdas salariais altíssimas, e um plano de assistência à saúde do servidor. Temos muitos servidores adoecidos física e psicologicamente, e o Estado precisa estar atento a essa grave situação, além do pagamento dos passivos e das pecúnias, que tinha sido prometido pelo GDF.

 

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