Vacinação no DF começa nesta quarta

Secretaria de Saúde segue orientações do governo federal. Pasta afirmou estar preparada para imunizar a população. No entanto, não divulgou como será feito o controle da aplicação das doses

» LUANA PATRIOLINO
postado em 17/01/2021 23:28
 (crédito: Nelson Almeida/AFP)
(crédito: Nelson Almeida/AFP)

O Distrito Federal se prepara para o início da vacinação contra a covid-19. Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, o início está previsto para esta quarta-feira, às 10h. Ao Correio, o Secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, disse que a aprovação do uso emergencial das vacinas era esperada. O governador em exercício, Paco Britto, destaca que o DF está pronto para imunizar a população, mas alerta que as medidas de segurança devem ser mantidas: “Não podemos esquecer que os estoques de vacinas são limitados em todo o mundo. Precisamos continuar encarando esse vírus com cuidado e seriedade. Use máscara e mantenha o distanciamento social. Eu te protejo, você me protege!”.

Expectativa da Secretaria de Saúde é de que sejam entregues, em um primeiro momento, 200 mil doses da vacina, que serão aplicadas, inicialmente, nos grupos prioritários — trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com comorbidades, professores e agentes de segurança e salvamento — o que soma cerca de 700 mil moradores da capital. “A gente vive em um momento da segunda onda da doença. Mediante a média móvel de mortes, é importante ter uma solução para essa situação”, ressaltou Osnei. A média móvel de casos está em 774 e de óbitos, em 9,71, no DF. “Assim que recebermos o imunizante do Ministério da Saúde, vamos seguir fazendo a vacinação de acordo com a quantidade e os grupos determinados”, afirmou.

O DF registrou nove mortes e 471 casos da covid-19, ontem, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde. Com os números, a capital soma 4.421 vítimas e 264.227 infecções, sendo que 252.768 pacientes estão recuperados.

A Secretaria de Saúde informou que tem mais de 1.500 servidores para aplicar as vacinas, 169 salas de imunização, 183 câmaras frias e oito unidades de rede para armazenamento e distribuição das vacinas. “Nossa população não precisa se preocupar com a logística”, garantiu Paco Britto.

Assim que recebidas, as vacinas devem ficar armazenadas na Rede de Frio, responsável por operacionalizar toda a logística de distribuição para as regiões e respectivas unidades de saúde. O local possui 95m³ de capacidade de armazenamento, área da qual 14m³ serão exclusivos para acondicionar e aclimatar as vacinas contra o novo coronavírus. Também está em andamento a contratação de mais nove câmaras frias verticais, com capacidade de 1,2 mil a 1,7 mil litros.

De acordo com Secretaria de Saúde, a pasta tem, em estoque, 1,3 milhão de seringas e agulhas, além de outras 2,17 milhões compradas e que devem chegar nos próximos dias. Mais 2 milhões também estão disponíveis para compra em Ata de Registro de Preços da secretaria. O órgão não informou como será feito o controle da vacinação no DF.

Entenda

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, ontem, o uso emergencial da vacina CoronaVac e da vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca. É a primeira vez que a Anvisa concede a autorização para o uso emergencial de imunizantes. Com decisão unânime, a votação foi feita após as três áreas técnicas da agência recomendarem a aprovação do uso dos imunizantes em caráter emergencial.

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Hamilton Carvalhido, 79 anos

 (crédito: Aureliza Corrêa/Esp. CB/D.A Press)
crédito: Aureliza Corrêa/Esp. CB/D.A Press

O ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Hamilton Carvalhido morreu, ontem, em decorrência de complicações da covid-19, aos 79 anos. Marido da ex-procuradora-geral de Justiça do DF Eunice Amorim Carvalhido, ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. “Perdi um companheiro de vida”, lamenta a víuva.

Hamilton Carvalhido foi contaminado na posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, em setembro. Já estava livre do novo coronavírus, mas não resistiu às complicações resultantes da doença.

Carvalhido foi ministro do STJ entre abril de 1999 e maio de 2011, nomeado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Nascido no Rio de Janeiro, em 10 de maio de 1941, o ministro era bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro (FCJR/UGF), formado em 1963. Iniciou a carreira no Ministério Público, onde permaneceu de 1966 a 1999, quando foi nomeado para o STJ.

No STJ, o Hamilton Carvalhido foi membro da Sexta Turma, especializada em direito penal; e da Primeira Turma, que julga processos relacionados ao direito público. Teve a oportunidade de exercer a presidência do STJ entre janeiro de 2009 e julho de 2010. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atuou como corregedor-geral em 2011.

Entre 2008 e 2009, compôs a Comissão de juristas responsável pela elaboração de anteprojeto do Código de Processo Penal (CPP), criada pelo Ato n.º 11, de 2008, do Senado Federal. Em 2010, Carvalhido tornou-se membro da Comissão de juristas responsável pelo anteprojeto do novo Código Eleitoral, criada pelo Ato n.º 192, também do Senado.

Luto na Justiça

O presidente do STJ, Humberto Martins, lamentou a morte do magistrado aposentado. “Um grande amigo e um grande mestre do mundo jurídico. Em todos os cargos que ocupou, além das funções administrativas, o ministro Hamilton Carvalhido deixou suas marcas registradas de profissional competente e dedicado, sempre comprometido com a aplicação do melhor direito. O seu legado permanece”, ressaltou Martins.

O ministro Luiz Fuz se pronunciou sobre a morte do colega. “Deixo meu carinho à família, em especial à esposa Eunice e aos filhos, expressando meu profundo pesar por sua partida. Carvalhido deixa para o país o legado de seu brilhante trabalho e, aos amigos, a lembrança de um ser humano excepcional.”

Hamilton Carvalhido deixa a esposa Eunice Pereira Amorim Carvalhido, os filhos João Hamilton de Medeiros Carvalhido, Juliana Amorim de Souza, Carolina Amorim de Souza e Deborah Amorim de Souza.

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