VIOLÊNCIA

Preso por matar motorista de app

Homem acusado de assassinar Geraldo Iris Gontijo, 51 anos, foi detido, ontem, pela Polícia Civil de Goiás, em Valparaíso. Crime ocorreu na madrugada do último dia 12, após a vítima atender a uma corrida em Santa Maria. Segundo suspeito está foragido

Pedro Marra
postado em 20/01/2021 20:22
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)


Um dos suspeitos de matar o motorista de aplicativo Geraldo Iris Gontijo, 51 anos, foi preso pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), ontem, em Valparaíso. O homem é acusado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, pois outra vítima do caso foi encontrada com ferimento de tiro, dentro do carro de Geraldo, em um setor de chácaras da cidade no Entorno. O segundo suspeito, Higor de Oliveira Silva, 26 anos, está foragido.

“Temos várias testemunhas que comprovam que os dois estavam esperando o motorista e a segunda vítima. Também temos imagens da segunda vítima pegando carona com o motorista que faleceu. E temos a rota do aplicativo 99 POP, que tem uma corrida não encerrada na região em que os corpos foram localizados”, afirma a delegada da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Valparaíso, Samya Noleto.

Quem tiver informações sobre o paradeiro do segundo suspeito, pode fazer denúncia anônima nos números 197 ou (61) 3629-8512 e (61) 3629-8514, da PCGO. A investigadora conta que falou, por telefone, com o outro suspeito do caso, mas o mesmo descartou envolvimento no crime. “Ele me disse que não devia nada. Por isso, não iria comparecer à delegacia”, declara.

Ao lembrar do convívio com Geraldo, o genro da vítima, que preferiu não se identificar, conta como era o comportamento do motorista durante o trabalho. “Ele nunca desconfiava de ninguém. Esse era o mau dele, era muito simpático. Muitos passageiros que fizeram viagem com ele nos procuraram para fazer elogios. Só pedíamos para que ele tomasse cuidado, e ele dizia que Deus estava com ele”, recorda. “Esse que foi preso não é o principal suspeito. Temos esperança de que, no mais tardar até sexta-feira, o foragido seja preso”, conclui o rapaz.

O caso

Após atender a uma corrida de aplicativo, no último dia 12, em Santa Maria, Geraldo seguiu até Valparaíso 2. A polícia acredita que ele tenha sido morto com tiro na nuca no município goiano e, depois, jogado no porta-malas do próprio carro. De acordo com a apuração policial, no Entorno do DF, os suspeitos foram atrás de um rival e o balearam diversas vezes.

Conforme a ocorrência, com Geraldo no carro, os criminosos dirigiram até Valparaíso 2 à procura de um rival, identificado como Dyego de França, 31. Após localizarem o rapaz, os suspeitos o colocaram à força no carro e o levaram até a Quadra 37, Anhanguera B. Lá, o balearam diversas vezes, fugindo em seguida. “Ele (Dyego) é testemunha-chave do caso. Vai ser ouvido assim que se recuperar”, adianta.

A vítima prestava serviços havia cerca de dois anos para empresas de transporte por aplicativo. Como o motorista tinha o costume de sair para trabalhar durante a madrugada, a família não estranhou.

Horas depois do crime, três pessoas passaram pelo local e avistaram o carro abandonado. Ao aproximarem-se do veículo, o trio identificou um homem sangrando no banco interior do automóvel. Sem ainda saber que o corpo do motorista de app estava no porta-malas, as testemunhas levaram o rapaz, com o carro de Geraldo Gontijo, até o Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) de Valparaíso, mas, segundo relataram à polícia, não havia cirurgiões disponíveis. Então, seguiram até o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).

No HRSM, os socorristas da unidade perceberam que havia outro corpo dentro do porta-malas, mas sem sinais vitais. Policiais militares, então, conduziram as testemunhas e o veículo até Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) de Valparaíso.

 

 

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Polícia busca por suspeitos

 (crédito: Reprodução)
crédito: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal tenta identificar dois envolvidos no homicídio de Wedson Francisco de Freitas, de 55 anos. A vítima foi queimada viva durante briga em uma residência localizada na Quadra 208 de Santa Maria, na noite da última segunda-feira. Ontem, agentes da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) prenderam em flagrante um dos suspeitos.

O acusado detido por investigadores foi identificado apenas como Thiago, vulgo “Bocão”. Segundo o delegado Paulo Galindo, ele confessou o crime em depoimento, e apresentava queimaduras nas mãos. “Ele alegou que estava na casa de um amigo, acompanhado da vítima, e mais um colega e uma mulher. Ali, acenderam uma fogueira para se aquecerem do frio e passaram a beber. Em um determinado momento, essa mulher começou a dormir pelo estado de embriaguez. Então, Wedson teria tentado abusar sexualmente dela”, relata.

Ao ser flagrado supostamente assediando a mulher, Wedson passou a discutir com Thiago e os demais envolvidos. “O acusado disse que, na vontade de fazer justiça com as próprias mãos, passou a agredir a vítima. Durante a briga, o autor disse ter empurrado Wedson, que caiu no sofá, o qual estava na rua, em chamas, pelo contato com a fogueira. O suspeito alegou ter tentado salvar a vítima, o que gerou as queimaduras nas mãos dele”, acrescenta o investigador.

Com o relato de Thiago, policiais civis o autuaram em flagrante pelo crime de homicídio. Agora, o acusado passará por audiência de custódia. A Justiça determinará se ele responderá pelo delito preso ou em liberdade. As investigações prosseguem para chegar aos demais suspeitos.

 

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