A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu as investigações acerca da morte de Letícia Santos de Souza, 22 anos, e de Edmundo Santos Oliveira, 21. Ambos foram assassinados no domingo (17/1), no Setor Santa Luzia, na Estrutural. Os investigadores prenderam dois suspeitos: o companheiro da jovem, Danilo Gomes Anunciato, e um amigo dele, Geilson de Jesus Santos.
Inicialmente, o caso era tratado como feminicídio, mas a hipótese foi descartada pela polícia no decorrer das investigações. Danilo e Letícia estavam juntos há mais de cinco anos e tiveram dois filhos, um de 2 anos e um bebê de 11 meses e um bebê recém nascida. Na noite do crime, Danilo encontrou a certidão de nascimento da bebê registrada no nome de Edmundo na bolsa da jovem.
O delegado-chefe da 8ª DP, Rodrigo Bonach, conta que Danilo e o amigo Geilson saíram em direção à casa de Edmundo para tirar satisfações. “A Letícia estava na residência. Eles iniciaram uma luta corporal e Geilson efetuou um disparo de arma de fogo contra o homem”, afirmou.
Durante o tiroteio, Danilo acabou atingido com uma bala na perna, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) e encaminhado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde foi preso em flagrante. “Após o crime, Letícia saiu correndo para casa, mas depois voltou à cena do crime, permaneceu até a chegada do socorro e acompanhou Edmundo até o hospital”, detalhou o delegado.
A jovem retornou para casa, onde residia com Danilo. Horas depois, Geilson chegou ao imóvel e os dois iniciaram uma discussão. O homem executou a mulher com dois tiros na cabeça. Letícia foi morta com a filha recém-nascida no colo. “Acreditamos que Geilson tentou ocultar a única testemunha que presenciou o crime, que era Letícia. Ela havia comentado com os investigadores quem eram os autores do homicídio”, completou o delegado. Geilson foi encontrado pela polícia na quarta-feira (20/1) em uma casa na Estrutural.
Relacionamento conturbado
Letícia e Danilo estavam juntos havia cinco anos. A relação do casal era regada a brigas, agressões físicas e verbais, contou a mãe da jovem, Maria Aparecida, 45. O agressor estava em livramento condicional e a vítima tinha medidas protetivas contra ele, mas moravam na mesma casa. A mãe conta que, por diversas vezes, a filha se queixava de agressões e ameaças do companheiro.
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