A vez dos professores e idosos
O governador Ibaneis Rocha prometeu priorizar a vacinação de idosos e professores até março. “Temos a aprovação da Anvisa de mais 6 milhões de doses e a gente espera ampliar o número de pessoas vacinadas começando pelos idosos. E espero que, até março, no início das aulas, nós consigamos vacinar os professores para iniciar as aulas no DF de forma presencial”, afirmou Ibaneis na saída da visita à fábrica Bthek Biotecnologia, da União Química. Mas, para contemplar professores da rede pública e idosos, a Secretaria de Saúde terá de dispor de aproximadamente 660 mil doses — considerando que cada pessoa recebe duas vacinas, sendo a segunda num intervalo de 14 a 28 dias após a primeira.
120 mil têm mais
de 70 anos
O DF tem 29 mil professores na rede pública, sendo 20 mil concursados e 9 mil temporários. No caso dos idosos, a demanda é bem maior. Estudo intitulado Retratos sociais 2018 – A população idosa no Distrito Federal, realizado pela Codeplan, com base nos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2018, apontou que, naquele ano, 303.017 idosos viviam no DF. O grupo majoritário está na faixa etária de 60 a 69 anos (59,7%), seguido por 70 a 79 anos (28,6%) e aqueles com 80 anos e mais (11,7%). Ou seja, cerca de 120 mil moradores do DF têm mais de 70 anos e estão entre os mais vulneráveis à covid-19.
Proporcionalidade
Pela proporção na distribuição das primeiras vacinas CoronaVac, o DF deve receber agora aproximadamente 132 mil doses de um lote de 6 milhões. Foram 106 mil da primeira remessa do Instituto Butantan de 4,8 milhões para todo o país.
Ibaneis elogia celeridade na distribuição de vacinas pelo Ministério da Saúde
O governador Ibaneis Rocha (MDB) mantém o discurso afinado com o governo Bolsonaro em relação às medidas relacionadas à pandemia. Apesar do pedido da Procuradoria-Geral da República de abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pela crise em Manaus, Ibaneis voltou a dizer que está satisfeito com a política nacional de imunização contra covid-19 e até elogia a celeridade na distribuição das vacinas. Esse foi o tom do governador na saída da visita à fábrica Bthek Biotecnologia, da União Química, ontem. Ele garantiu que não pretende comprar vacinas diretamente da indústria farmacêutica e segue o plano nacional. Na semana passada, o DF recebeu 106 mil doses e deve ficar com mais 150 mil do novo lote aprovado pela Anvisa. A União Química pretende produzir 8 milhões de doses por mês da Sputnik V.
Sem guerra
A estratégia de Ibaneis Rocha é manter a paz com o governo Bolsonaro. Já deve ter percebido que o presidente é belicoso com adversários e críticos.
Prioridades na imunização
Profissionais de saúde, especialmente os da linha de frente no combate à covid-19, idosos, que são os que desenvolvem formas mais graves da doença, professores e servidores da área de segurança pública são as pessoas mais vulneráveis e devem ser priorizados. Um policial ou bombeiro militar é um profissional que lida diretamente com aglomerações e não pode dizer não a um atendimento que pode significar a preservação de uma vida.
Fornecimento nacional
Na visita do governador Ibaneis Rocha à fábrica Bthek Biotecnologia, da União Química, não se falou sobre venda de vacinas Sputnik V diretamente para o GDF. A estratégia do CEO da União Química, que controla a fábrica, é vender diretamente ao Ministério da Saúde para que os imunizantes sejam repassados aos estados e ao Distrito Federal. A visita de Ibaneis, no entanto, foi considerada um sucesso porque o governador teve oportunidade de conhecer a capacidade de produção da “vacina candanga”, uma vez que aqui no DF a Bthek começou a produzir o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para fabricação do imunizante.
U$ 10 a dose
Cada dose da Sputnik V deve sair a U$ 10, valor estabelecido pelo Fundo Russo de Investimento, parceiro da União Química na produção da vacina Sputnik V. No caso de serem fornecidas 8 milhões de doses por mês, o custo será de U$ 80 milhões, (ou cerca de R$ 437 milhões).
A pergunta que
não quer calar….
Fechando bares e restaurantes em lockdown total ou com medidas restritivas, o governo joga as pessoas para as festas clandestinas com aglomerações sem controle?
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