Recusa em tomar vacina
A Comissão da Vacina da Câmara Legislativa recebeu informações de que servidores da saúde, na lista de prioridades da imunização contra covid-19, estão se recusando a receber a dose da CoronaVac. É uma minoria, mas preocupa serem profissionais que atuam com pacientes que podem estar contaminados. Há dois tipos de recusa: os que não querem tomar nenhuma vacina e os que preferem esperar a da AstraZeneca, imunizante de Oxford, também distribuído pelo Ministério da Saúde. Mas, a regra da Secretaria de Saúde é clara: ninguém pode escolher a vacina.
Lira tem cinco votos na bancada do DF
Na bancada de deputados federais do DF, o candidato à Presidência da Câmara Arthur Lira (PP-AL) terá cinco dos oito votos. Estão com o preferido pelo presidente Jair Bolsonaro: Bia Kicis (PSL-DF), Celina Leão (PP-DF), Júlio César (Republicanos-DF), Flávia Arruda (PL-DF) e Luís Miranda (DEM-DF). Érika Kokay (PT-DF) e Professor Israel Batista (PV-DF) fecharam com o candidato do MDB, Baleia Rossi (SP). A deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) ainda não decidiu. Mas, é certo que ela não votará em Lira, o representante do Centrão. Num eventual segundo turno com Baleia Rossi, ela optará pelo emedebista.
Ibaneis segue partido
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse que apoia e ajuda “no que pode” a candidatura do presidente de seu partido, Baleia Rossi, na disputa pelo comando da Câmara. Ibaneis tem uma relação próxima com o PP de Arthur Lira, e com o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PP-PI), mas não vai se indispor dentro do próprio partido.
Senado: 2 x 1 contra candidato de Bolsonaro
No Senado, o placar está favorável a Simone Tebet (MDB-MS). Ela terá os votos de José Antônio Reguffe (Podemos-DF) e Leila Barros (PSB — fotos). O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) está com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o candidato que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Mais uma atribuição
Em reunião, ontem, o presidente da CEB, Edison Garcia, assumiu o cargo de Presidente do Conselho de Administração do Banco de Brasília (BRB). Garcia, que atuou na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), como procurador e superintendente, ainda tem as credenciais de seis anos de experiência no mercado de capitais em São Paulo, quando presidiu a AMEC — Associação de Investidores de Mercado de Capitais e de ter exercido dois mandatos como titular no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. Edison Garcia, agora, junta-se a Paulo Henrique Costa, presidente do BRB, com a missão de dar seguimento ao trabalho desenvolvido nos últimos dois anos e ainda permanece na presidência da CEB.
Só papos
“Com a pior das intenções xingam de tudo, de nazistas a genocidas, e ainda devemos respeitar? Devemos argumentar racionalmente? Claro que não. Contra jumentos este é o linguajar correto. Não gostou? Venha para o lado de cá do balcão ver como é a guerra”
Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
“Vergonha. Vulgaridade. Sem noção institucional e do cargo. Falta de respeito com a população e o país que representa. Nada a ver com a necessidade de medidas de apoio às empresas, pessoas e reação a comentários. Populismo barato. Não é exemplo nem caminho para solução”
General Santos Cruz,
ex-ministro chefe da Secretaria de Governo da Presidência de Bolsonaro
À QUEIMA-ROUPA
Deputado federal Luís Miranda (DEM-DF)
O DEM sai rachado da eleição para a Presidência da Câmara?
Não. A maioria já manifestou seu apoio ao Arthur Lira, e temos maturidade para entender que, depois deste processo, precisaremos nos manter unidos para enfrentar os desafios. Reforma tributária, programas de recuperação da economia, auxílio emergencial e outras pautas que precisam ser tocadas.
Com sequelas para 2022?
Acredito que não. O Democratas passou por tempos muito difíceis, em que falavam até em extinção. Hoje, somos uma bancada forte e atuante. As diferenças precisam ser entendidas e superadas. O país vive um momento difícil. Birras e picuinhas só atrapalham. A vaidade não pode se sobrepor ao trabalho e ao papel que temos.
O partido apoiaria uma candidatura de Rodrigo Maia à Presidência da República?
Isso precisaria ser amplamente discutido, mas não acredito nessa possibilidade. As pessoas estão querendo antecipar a disputa pelo Planalto, mas o governo ainda está na metade. Ainda há muito por ser entregue. Subestimar é um erro político recorrente. É cedo para essas articulações. O momento seria de mostrar a importância do Congresso, da Câmara, mas o individualismo tem se imposto.
Onde Maia falhou para perder apoio dentro do partido?
O governador Roriz sempre ressaltava a importância de ouvir. Acho que faltou isso. Não adianta tentar impor suas preferências e pensamentos. Nós representamos a vontade popular e, se não estivermos abertos ao diálogo, estaremos perdidos. Outro ponto foi ter se aliado à esquerda. Compor com o PT é inaceitável a quem nos colocou no mandato. É trair a confiança que nos foi depositada.
Foi arrogância?
Essa é uma avaliação que ele deve fazer. Sei que não foi uma boa escolha, e a posição da grande maioria do partido mostra isso.
Arthur Lira vai arquivar todos os pedidos de impeachment de Bolsonaro?
Os pedidos que surgiram até agora são completamente descabidos. Não há nenhum motivo que justifique o impedimento do presidente. Há erros e acertos, mas longe de algo dessa natureza. Ou o próprio Maia teria pautado. Na minha visão, o que não for justificado deve ser arquivado. Espero que ele também pense assim.
Somos o país com pior gestão da crise na pandemia. Onde está o erro?
Discordo dessa afirmação. Como disse, há erros e acertos, mas não julgo que seja o pior. Houve um grande volume de recursos liberados e que não chegaram onde precisava. É preciso investigação, julgamento, algema e cela aos culpados. Em alguns momentos, os discursos foram mais valorizados do que as ações. Decisões equivocadas e que custaram vidas. É lamentável que estejamos vivendo tudo isso, e as pessoas pensando em mitar ou lacrar. Essa política enoja quem está fora dos polos e prejudica toda a população.
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