Decisão

Acusado de manter família refém em Taguatinga tem liberdade provisória decretada

Os criminosos pularam o muro e invadiram a residência, em Taguatinga. Um dos envolvidos chegou a filmar a ação pelo celular

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) concedeu liberdade provisória a um do acusados de manter uma uma família refém em uma residência na QNG 28 de Taguatinga. O caso aconteceu no domingo (10/1) e os moradores são parentes de um delegado de polícia. Um criminoso permanece foragido.

Os quatro acusados, Adriano Souza da Silva, Natanael Gomes de Oliveira, Alisson Macedo Oliveira e Daniel Silva Lopes foram presos em flagrantes no dia do crime. Nesta terça-feira (12/2), em audiência de custódia, a Justiça determinou liberdade provisória a Alisson. Os outros permanecem detidos.

Armados, dois dos acusados pularam o muro e invadiram o imóvel, enquanto outros três vigiavam a rua do lado de fora e passavam instruções para os que estavam lá dentro. A dupla se escondeu em um banheiro na área externa da casa e esperaram até que algum dos moradores abrisse a porta da residência. No momento que o dono saiu da residência, eles o renderam, amarram os braços dele com um cinto e tomaram o cordão.

A mulher e a filha da vítima perceberam a movimentação e se trancaram no quarto. Enquanto isso, os suspeitos vasculharam a casa em busca de joias e dinheiro. Segundo os investigadores, eles buscavam por um cofre, mas não havia algum. A ação chegou a ser filmada pelo celular por um dos acusados.

Pedido por ajuda

No quarto, a filha da vítima avisou outros familiares do que estava acontecendo por meio de uma mensagem no grupo de WhatsApp. A adolescente, de 15 anos ainda conseguiu ligar para um primo, que é delegado do DF, que chamou a polícia.

Militares do 2º Batalhão chegaram ao local minutos depois. Ao avistar os policiais, um dos suspeitos que estava do lado de fora fugiu. O segundo foi apanhado na parada de ônibus e um terceiro foi preso em frente à casa. Ali também estava estacionado um caminhão de mudança e um veículo que seriam usados na fuga, e foram apreendidos.

Com a chegada dos policiais, começaram as negociações com os outros dois suspeitos que estavam dentro da casa para que libertassem os reféns e se entregassem. Eles chegaram a dizer aos policiais militares que eram integrantes do Comando Vermelho. Somente com a chegada dos agentes da Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil, que entraram na residência, é que eles colaboraram e se renderam. Ninguém se feriu.