Pandemia

Vacinação: assistência social ameaça greve por estar fora do grupo prioritário

Servidores atuam em contato presencial com assistidos e reivindicam o direito de serem imunizados rapidamente contra a covid-19

De fora dos grupos prioritários para a vacinação contra a covid-19, os servidores da assistência social podem entrar em greve em resposta ao Governo do Distrito Federal (GDF). Para eles, é um descaso estarem fora do esquema preferencial. Na próxima quarta-feira (20/1), os delegados sindicais do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) se reunirão para decidir sobre a paralisação da categoria.

Nos últimos meses, a entidade tem reivindicado que os servidores da assistência social sejam incluídos no grupo preferencial da vacinação no DF. “Se não formos incluídos no grupo prioritário da vacina, devemos interromper nossas atividades. Estamos em trabalho presencial e somos a única categoria que atua contra as consequências sociais e econômicas da pandemia”, denuncia o presidente do Sindsasc, Clayton Avelar.

Outro agravante para a categoria é que os servidores não receberam equipamentos de proteção individual como os recebidos pela Polícia Militar, além de não terem sido liberados para trabalhar remotamente, como os profissionais da educação.

Secretarias excluídas

De acordo com levantamento feito pelo sindicato, na última sexta-feira (15/1), se o GDF destinar aos servidores da assistência social 1,5% da sua cota inicial de vacinas contra a covid-19, seria o suficiente para vacinar a todos da categoria. De acordo com o sindicato, no plano anunciado, o governo ignorou os trabalhadores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), da Secretaria de Justiça (Sejus) e da Secretaria da Mulher, pastas nas quais os servidores da assistência social atuam. “É incompreensível que as titulares dessas secretarias não tenham se manifestado contra essa discriminação”, reforça Clayton.

Em nota, o Sindsasc informou que não aceita o descaso do GDF em relação a esse serviço essencial, avalia o líder da entidade. “Somos solidários com o pessoal da saúde, assim como reconhecemos a importância da educação e segurança, mas não aceitamos esse tratamento discriminatório com a assistência social”, conclui.

 

Com informação do Sindasc