Para melhorar a relação entre empresa e cliente
Segundo os dados mais recentes, 80% de todos os processos nos juizados especiais cíveis cuidam de relação de consumo. E estudo do IPEA em parceria com o CNJ revela que o que mais tem levado consumidores à Justiça são as empresas de telefonia e instituições financeiras. Correspondem a 40% dos processos em todas as unidades da Federação pesquisadas.
“Esse percentual é muito grande, é patológico. Revela que a fiscalização do Código de Defesa do Consumidor é falha”, alerta o advogado Paulo Roque, especialista em direito do consumidor.
Roque, no entanto, ressalta que nem sempre a pessoa está certa.
“Não é fácil ser empresário no Brasil, ser um empreendedor. É um segmento importante, porque gera emprego. Sempre esclareço que tanto a empresa como o cliente têm direitos e deveres. Mas o importante é que um não vive sem o outro. Devem se dar as mãos”, diz.
Atenção no pós-venda
A dica de Roque para que empresas evitem sofrer futuras ações judiciais é não abandonar o cliente na hora em que ele precisa.
Falha na fiscalização
Muitos dos conflitos entre empresas e consumidor poderiam ser evitados se a fiscalização do governo fosse mais eficiente. “As empresas que são alvo recorrente de reclamações são as de setores regulados por agências governamentais. Temos um Código de Defesa do Consumidor de primeiro mundo, mas com aplicação de terceiro mundo”, avalia Roque.
Setores que evoluíram
O advogado aponta setores empresariais que evoluíram no respeito ao consumidor, como o hoteleiro, de agências de viagens, automobilístico e seguradoras. Mas Roque critica as empresas do setor aéreo que, na pandemia, não devolveram o dinheiro daqueles que tinham comprado passagem e foram impedidos de viajar. Uma medida do governo federal permitiu que o reembolso ocorresse apenas depois de 1 ano. “Isso foi quebra de contrato, confisco com dinheiro do consumidor”, aponta.
Caminho para a conciliação
Plataforma digital do Ministério da Justiça tem 200 empresas cadastradas que se comprometem a solucionar em, no máximo, 10 dias as reclamações dos consumidores. Quem se sentir lesado pode recorrer ao portal consumidor.gov.br.
Chiquinho do Beirute apoia vacinação
“A vacina é como um casamento. A gente tem que confiar na noiva, pois cada parente e cada amigo têm uma opinião diferente”, afirmou Francisco Marinho, o Chiquinho, dono do restaurante Beirute, na 109 Sul.
Aos 82 anos, ele se vacinou ontem, confiante na eficácia da imunização. Foi ao posto de saúde da 612 Sul.
Mesmo já tendo contraído a covid-19 e se recuperado no ano passado, ele achou importante se vacinar. “Eu vou pela minha cabeça. E com a proteção de Padre Cícero”, contou.
Chiquinho, no entanto, lamentou a situação de muitos idosos que tiveram dificuldades e longas esperas para se vacinar. “Me doeu ver alguns em cadeira de rodas, em desconforto, tendo de esperar. É preciso organizar melhor a vacinação, dar prioridade a quem está fisicamente mais frágil”, disse.
Chiquinho, depois de se vacinar, voltou logo em seguida ao batente no restaurante. Todos os dias, ele está lá, supervisionando o trabalho de sua equipe.
Ontem, alguns idosos que tentavam se vacinar no posto do Parque da Cidade buscaram abrigo no Beirute. Cansados de esperar na fila, foram com familiares que os acompanhavam almoçar no restaurante e descansar um pouco.
Cresce procura por seguros de vida
Levantamento feito pela Icatu Seguros com dados até novembro mostra que, apesar da crise e da instabilidade econômica, o seguro de vida teve aumento de 16% no Centro-Oeste. O percentual ficou acima do registrado pelo mercado no Brasil, de 6%.
A região registrou um volume de R$ 42 milhões em prêmios. Há destaque também para os seguros voltados a pequenas e médias empresas.
Segundo o diretor regional da Icatu Seguros, Eduardo Correa, 2020 foi um ano que provocou um gatilho emocional nas pessoas. “Estamos mais reflexivos sobre prioridades de vida, reservas para o futuro e a importância de deixar um legado para família e entes queridos.”
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