O ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Fillipelli é alvo de uma operação do Grupo de Operação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que está em andamento na manhã desta quarta-feira (03). De acordo com as investigações, ele e o ex-deputado Eduardo Cunha supostamente receberam propina paga por empresas aéreas. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também participa da ação.
De acordo com informações obtidas pelo Correio, as equipes estão na casa dele, na QI 17 do Lago Sul, e também cumprem um mandado de busca na casa da ex-esposa de Filippelli, na QL 10 da mesma região administrativa. Os repasses ilegais teriam sido pagos por empresas aéreas.
Até o momento, os investigadores identificaram a participação das empresas Gol e Tam no esquema. A redução do ICMS, que teria começado no Poder Executivo, foi convertida em lei pela Câmara Legislativa. O esquema teria ocorrido entre 2012 e 2014 e foi identificado a partir de informações obtidas em acordo de delação do doleiro Lúcio Funaro.
O operador de propina para Filippelli seria Afrânio Souza, que teria recebido os recursos ilegais por meio da Objetiva Consultoria e Participações. O ex-vice-governador teria utilizado a compra de imóveis em Taguatinga para lavar dinheiro.
O advogado Alexandre Queiroz, que defende Filippelli, afirmou que só vai se manifestar sobre o caso após ter acesso ao processo. "Vamos pedir acesso aos autos para saber do que realmente se trata, sobre a busca e apreensão e a necessidade dela", disse.
O advogado Leonardo Marinho, que defende Afrânio Roberto de Souza Filho e Afrânio Roberto de Souza Neto, "afirma que seus clientes confiam na Justiça e, em razão disso, aguardarão serenos a completa apuração dos fatos, quando restará provado a ilegalidade das medidas das quais foram alvo".
Em nota, a Gol informou que a companhia permanece cooperando com as autoridades para prestar todas as informações necessárias. Já a Latam disse que não tem informações sobre esta investigação. "A empresa irá colaborar com as autoridades competentes", diz o texto enviado pela companhia.
*Colaborou Jéssica Moura
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