Fura-filas

Vacinação: MPDFT investiga mais de 90 denúncias de irregularidades

Segundo o MPDFT, foram registradas situações suspeitas em, ao menos, 20 postos de vacinação no Distrito Federal

Hellen Leite
postado em 05/02/2021 11:44 / atualizado em 05/02/2021 11:45
Segundo o órgão, todas as denúncias serão investigadas -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Segundo o órgão, todas as denúncias serão investigadas - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Mais de 90 denúncias de irregularidades na aplicação da vacina contra a covid-19 no Distrito Federal estão sendo investigadas. De acordo com a força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que fiscaliza as ações de combate à doença, foram registradas situações suspeitas em, ao menos, 20 pontos de vacinação no Distrito Federal.

Das denúncias, 62 dizem respeito aos "fura-filas", aquelas pessoas que foram vacinadas sem fazer parte dos grupos prioritários. O coordenador da força-tarefa, José Eduardo Sabo, esclarece que as denúncias serão enviadas às promotorias de Justiça responsáveis e apuradas de forma rigorosa. “O Ministério Público está atento para que a vacinação ocorra de forma eficiente e seguindo as regras do plano elaborado pela Secretaria de Saúde”, afirmou.

As denúncias foram feitas por meio da Ouvidoria do MPDFT e encaminhadas às promotorias especializadas para investigação. "As irregularidades ocorreram desde Ceilândia a Planaltina, de Santa Maria ao Cruzeiro, e vamos apurar todas as denúncias", finalizou Sabo.

O Distrito Federal atingiu, na quinta-feira (4/2), a marca de 93.582 pessoas imunizadas contra a covid-19. O número representa 56% das 166,6 mil vacinas distribuídas recebidas até esta semana na capital.

Denúncias

Para facilitar a fiscalização da vacinação contra covid-19 no Distrito Federal, o MPDFT pede que quem presencie ou tenha conhecimento de casos de irregularidades no processo denuncie a situação ao órgão.

A manifestação pode ser registrada na Ouvidoria do MPDFT, por meio de formulário eletrônico ou pelo número 0800 644 9500 (ligação gratuita), em dias úteis, de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h. O órgão ressalta que é importante reunir o máximo de informações, como o dia em que ocorreu o desvio, local, nomes de prováveis envolvidos e, se possível, provas da prática como fotos, vídeos e mensagens que auxiliem na investigação.

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