Entrevista Adriana Faria, secretária-executiva de Valorização e Qualidade de Vida da Secretaria de Economia

Foco no bem-estar do servidor

Ana Clara Avendaño*
postado em 10/02/2021 21:53 / atualizado em 10/02/2021 22:00
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Ao programa CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — Adriana Faria, secretária-executiva de Valorização e Qualidade de Vida da Secretaria de Economia, falou sobre a importância dos programas com foco no corpo, mente e espírito lançados para os servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) em 2020. Em entrevista ao jornalista Carlos Alexandre de Souza, Adriana destacou que uma das preocupações da pasta é com os efeitos do teletrabalho. “Nós vemos que a pandemia tem um impacto muito grande na vida do servidor, inclusive, no funcionário que modificou o modo de trabalho para a modalidade remota”, disse a secretária-executiva.

Qual foi o primeiro cuidado em relação à saúde mental dos servidores?
Nós temos uma preocupação muito grande com o teletrabalho, o isolamento do servidor e como ele poderia lidar com isso. Foi um desafio para todos nós, como seres humanos, enfrentar as novas situações. A secretaria começou com algumas ações virtuais para atingir esse servidor que não estava no ambiente de trabalho. Nós temos três programas básicos que é o Refletir, que traz palestrantes do Brasil todo para levar uma mensagem de motivação e repensar a vida de uma maneira positiva. Temos o Momento de Paz, que é realizado com figuras em destaque na área religiosa para trazer mais equilíbrio; e; por fim, lançamos a Academia Buriti; que tem aulas virtuais, como artes marciais. Todos os programas são destinados aos servidores, mas são abertos para a comunidade, por meio do canal do YouTube da pasta. Depois, fizemos outras ações estruturantes, como decretos importantes para prestar socorro ao servidor que está na linha de frente da pandemia garantindo o serviço prestado à população.

Como foi a evolução dos quadros de absenteísmo?
Nós já tínhamos um quadro de absenteísmo, de adoecimento do servidor que se agravou bastante em razão da pandemia. No último levantamento, 40% das licenças de afastamento dos servidores da Educação, por exemplo, são de transtorno mental. Nós vemos que a pandemia tem um impacto muito grande na vida do servidor, inclusive, no funcionário que modificou o modo de trabalho para a modalidade remota. Os transtornos mentais vão desde o agravamento do estresse, da ansiedade e da depressão até síndrome do pânico.

Qual é a ação para esses casos?
Dentro da Secretaria de Economia, que é a gestora das diretrizes do pessoal do DF, nós temos a Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, que visa a promoção da saúde do servidor. Nós temos várias linhas de trabalho de atendimento em relação à saúde mental. O servidor pode acessar os e-mails que nós divulgamos e pode ser atendido on-line. Nós fazemos uma captação, também, após o retorno do teletrabalho, com uma sala de acolhimento com psicólogos para ver se os servidores precisam de atendimento contínuo.

Quais outros projetos a pasta tem?
Tratando a saúde, a atenção e a valorização do servidor de forma ampla, nós lançamos o programa de desconto do servidor, em que empresas se cadastram, oferecendo serviços, pelo menos, 10% mais barato. Também, trabalhamos a questão da manutenção da capacitação com a Escola de Governo e lançamos o programa DF Superior, uma parceria com universidades para que elas ofereçam descontos na graduação de servidores. Esses projetos estão em andamento. Fora isso, estamos tratando da questão cultural. Nós fizemos um festival de música com servidores talentosos, foram mais de 80 inscritos, um dos maiores eventos realizados no DF em plena pandemia. Assim como em campanhas de solidariedade, o projeto Meu Sonho, para 2021, reuniu mais de 300 desenhos de filhos de servidores, que renovaram a nossa esperança.

* Estagiária sob a supervisão de Guilherme Marinho

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