Eixo capital

Ana Maria Campos
postado em 11/02/2021 21:35
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Celina não volta para o GDF

A deputada Celina Leão (PP-DF) decidiu permanecer na Câmara, mesmo depois da eleição do novo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Não volta ao cargo na Secretaria de Esportes do DF. Ela diz que o momento é de colaborar com a gestão de Lira, que é de seu partido.

 

Influência na Secretaria de Esporte

Na Secretaria de Esporte, Celina Leão mantém uma indicação. A atual secretária, Giselle Ferreira de Oliveira, permanece na função. Ela acompanha Celina como assessora desde o mandato de deputada distrital.

 

Sem mandato

Como consequência, Tadeu Filippelli (MDB), primeiro suplente da coligação, fica sem mandato, justamente quando está sendo investigado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/DF) por suposto esquema de corrupção com companhias aéreas na época em que foi vice-governador do DF. Para Arthur Lira (PP-AL), há uma diferença estratégica. Celina Leão é uma grande aliada. Rodou o país em campanha para a eleição dele à Presidência da Câmara. Tadeu Filippelli por sua vez é do MDB de Baleia Rossi (SP)


Apoio de colegas

A Associação dos Procuradores do DF (APDF) divulgou uma nota de apoio à indicação da deputada Bia Kicis (PSL) à presidência da Comissão e Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Foi um gesto de solidariedade à colega que tem sido bombardeada por adversários pela indicação. A entidade ressalta que a decisão de declarar apoio foi unânime na diretoria. “APDF está certa de que a indicada possui todos os atributos necessários para o exercício de tão elevado cargo”, aponta. Bia é procuradora aposentada e apoiou a nomeação de dois colegas, Ricardo Leal, que é presidente da APDF, e Renato Santos Coelho, diretor de comunicação, escolhidos por Bolsonaro para o cargo de desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF).

 

À QUEIMA-ROUPA

Senadora Leila Barros (PSB-DF)

Por que atletas olímpicos devem ter prioridade na imunização contra covid-19?
A prioridade sempre foi, é e continuará sendo aquele grupo que inclui os idosos, as pessoas com comorbidades e os profissionais da saúde e da segurança pública que atuam na linha de frente do combate à pandemia. O que estou propondo é que, concluída essa etapa, o governo federal tenha autorização legal para vacinar e permitir que imunizantes sejam comprados pela iniciativa privada para os nossos atletas olímpicos e paralímpicos. Imunizar nossa delegação proporcionaria não apenas uma proteção aos nossos atletas, mas contribuiria para reduzir os riscos de, no retorno ao Brasil, eles trazerem inadvertidamente novas cepas do vírus.

Não é um benefício que outros setores da sociedade, inclusive outros atletas, vão reivindicar?
A situação dos atletas paralímpicos e olímpicos é bastante diferente e única. Eles representarão o Brasil em jogos que reunirão cerca de 11 mil atletas de mais de 200 países. Delegações vindas de lugares em diferentes estágios da pandemia, e provavelmente com variantes diferentes do vírus.

Os especialistas dizem que a imunização não impede que a pessoa transmita a doença. Apenas garante não desenvolver a covid-19 na forma grave. Então, a priorização de atletas vale a pena para a sociedade?
A imunização não é uma garantia plena de que os atletas vindos do Japão não contaminarão outras pessoas no Brasil. Porém, ela poderá reduzir significativamente essa possibilidade.

Testes e quarentena para atletas não seriam suficientes?
Qualquer protocolo, desde que bem executado, contribui para minimizar os riscos de disseminação da covid-19 por meio da prática esportiva. Mas nenhum deles oferece a garantia plena de que não haverá contaminação.

Acha que é o momento de realizar os jogos olímpicos, quando começam a surgir mutações do novo coronavírus e o número de mortes continua alto?
Cabe ao Comitê Olímpico Internacional — ouvindo as confederações nacionais, o governo japonês e os patrocinadores do evento — tomar essa decisão. Compreendo que não é uma escolha fácil. Somente o Japão amargou um prejuízo de US$ 2,8 bilhões com a transferência das datas de 2020 para 2021. Uma grande perda no momento em que o mundo vive uma grave crise econômica.

Não seria mais prudente adiar a Olimpíada de Tóquio novamente?
Do ponto de vista sanitário, seria, sim, mais prudente adiar outra vez o período de realização da Olimpíada de Tóquio. No entanto, existe uma preocupação dos organizadores que pensam nos investimentos feitos em infraestrutura, no tempo de preparação dos atletas e uma eventual proximidade com os jogos de 2024.

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