Professores, colegas, alunos e ex-alunos lamentaram, ontem, a morte do baiano Rosimar Barbosa de Almeida, 58 anos, professor de português e de espanhol. Na rede pública, ele dava aulas do idioma estrangeiro, no Centro Interescolar de Línguas de Taguatinga (CILT). No Colégio Sigma, trabalhou por mais de uma década dando aulas de literatura.
O educador atuava nas unidades da 910 Norte e de Águas Claras, e se desligou da instituição particular no ano passado. Segundo colegas, ele era sensível e não se adaptou ao formato de ensino remoto, sentia falta da sala de aula. Rosimar nasceu em 6 de julho de 1963 e deixa dois filhos. A causa da morte do docente, natural de Salvador, não foi confirmada até o fechamento desta edição. Também não havia informações sobre o velório.
De voz serena e uma maneira democrática de transmitir os conteúdos, Rosimar era conhecido na redação do Eu, Estudante. Anualmente, o professor participava de lives e dava entrevistas aos jornalistas do Correio para dar dicas e comentar a área de literatura do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Eu, Estudante lamenta a perda e agradece a colaboração de Rosimar em todas as ocasiões em que esteve em contato com nossa equipe.
Homenagens
O Colégio Sigma publicou uma nota oficial lamentando a perda: “Com muito pesar, recebemos a notícia do falecimento de nosso querido ex-professor de língua portuguesa Rosimar, educador marcante, que trabalhou conosco por mais de uma década e que tanto contribuiu para nossa escola e para a formação de centenas de jovens com quem conviveu. Manifestamos o mais profundo sentimento de solidariedade a todos os familiares e amigos”.
O CILT, onde Rosimar dava aulas de espanhol há seis anos, também lamentou a morte do professor nas redes sociais. “Toda a comunidade escolar está muito consternada. É uma grande perda para a educação e, em especial, para nossa escola. O professor era muito querido e enchia de entusiasmo suas aulas”, conta Rênia Maria Costa Antero, 41, vice-diretora do CILT.
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Pioneira de Brasília, poeta Zuíla Miranda morre aos 102 anos
Morreu, na manhã de ontem, uma pioneira de Brasília, a poeta Zuíla Miranda, aos 102 anos. Zuíla chegou a Brasília no final de 1958 para acompanhar o marido, Raul Miranda, engenheiro convocado por Israel Pinheiro, para a construção da cidade. Juntos, o casal participou da inauguração da nova capital federal, em 1960.
Zuíla deixa duas filhas: a escritora e poeta Ana Miranda, 69, e a compositora e artista Marluí Miranda, 71. Nascida em 17 de fevereiro de 1918, Zuíla morou com o marido e as filhas na quadra 709, da Asa Sul, desde o início de Brasília. Ana Miranda conta como era a convivência com a mãe durante a construção da capital federal. “Bem crianças, eu tinha uns 7 anos, passeávamos nos tratores, subíamos na boleia de caminhões, jogávamos dominó com eles. Bastava um caminhão parar e a criançada escalava a carroceria até o alto das areias, que seriam derramadas no chão”, diz.
O último aniversário de Zuíla foi comemorado em Brasília. A festa dos 102 anos foi realizada em 17 de fevereiro do ano passado, e a filha Marluí, que estava fora do país, veio visitá-la. Segundo convidados, Zuíla estava lúcida e presente, cantando e declamando poesias.