Pandemia

Covid-19: média móvel de casos volta a crescer no Distrito Federal

Mediana de casos estava em queda desde o último dia 5, com estabilidade nos últimos dois dias. Ontem, ela estava em 668, superando a de sexta-feira. Já a de óbitos permanece estável

Ana Isabel Mansur
Ana Maria da Silva
postado em 21/02/2021 06:00 / atualizado em 21/02/2021 08:52
 (crédito: MINERVINO JUNIOR                    )
(crédito: MINERVINO JUNIOR )

Após uma sequência de 13 dias com quedas entre 26% e 49%, a média móvel de casos de covid-19 voltou a subir ontem, segundo o boletim da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Na quinta-feira e na sexta-feira, os dados apresentaram estabilidade. Ontem, o valor da média móvel de casos era de 668 — 16% maior do que o cálculo de 6 de fevereiro, há 14 dias. Até então, a maior média registrada desde 5 de fevereiro havia sido a do dia 19 último, 646.

Ontem, mantendo tendência dos últimos 13 dias, a média móvel de mortes permanecia estável em 9,57, o que representa aumento de 6,3% quando considerado o valor das duas últimas semanas, 6 de fevereiro. A média móvel — realizada a partir do cálculo, refeito todos os dias, da média simples entre o valor do dia e dos seis anteriores — é calculada para facilitar a visualização da tendência de crescimento da doença e das mortes.

Em 24 horas, foram registrados mais 748 casos da doença, o que elevou o total de infectados desde o início da pandemia a 288.977. As mortes pela covid-19 no DF somam 4.747, com nove óbitos notificados ontem. Do número de casos, 279.108 são considerados recuperados (96,6%).

Ocupação

De acordo com a última atualização da SES, do total de leitos de UTI, separados para pacientes com covid-19, 87,42% estão ocupados. O cálculo inclui hospitais da rede pública e os contratados, inclusive da rede particular. O Hospital de Campanha da Polícia Militar tem apenas 12,5% de camas de tratamento intensivo livres.

Os hospitais de Base, regional de Samambaia (HRSam) e Universitário de Brasília (HUB) — contratado pela secretaria — têm 100% dos leitos de UTI para a doença ocupados. Dos quatro hospitais particulares empregados pela SES, um tem 90% de ocupação dos leitos de UTI , dois estão com a metade disponível e um está 88,89% ocupado.

Registros do dia

Das mortes notificadas, apenas uma é de ontem. Cinco datam de sexta-feira e o restante ocorreu entre quarta e quinta. Duas vítimas eram mulheres.

A idade dos pacientes cujos óbitos foram registrados ontem era de 20 a 79 anos. Das vítimas, sete residiam no DF, uma era de Goiás e uma morava no Amazonas. Cinco morreram em hospitais particulares.

Quatro pacientes não apresentavam nenhuma comorbidade. Entre aqueles com alguma enfermidade, quatro sofriam de doença cardiovascular, dois apresentavam distúrbios metabólicos, um paciente era obeso e dois sofriam de pneumopatia.

Atualmente, a taxa de transmissão, ou seja, o número médio de pessoas que um indivíduo pode infectar, está em 0,89. A reprodução da epidemia pode ser medida a partir do valor encontrado para a transmissão. Se a taxa for menor do que 1, a epidemia tende a estar controlada; para valores maiores que 1, a epidemia avança.

Regiões

Ontem, Ceilândia permanecia como a região administrativa com maior número de casos, com 52 registros a mais do que na sexta, em um total de 31.802 pessoas contaminadas. Em seguida, está o Plano Piloto, que tem 27.065 notificações da doença, 83 a mais em 24 horas. Taguatinga fica em terceiro lugar, com 55 infectados a mais pelo novo coronavírus do que na sexta, totalizando 23.260.

Em relação ao número total de mortes, Ceilândia também lidera a lista, com 824 óbitos. Em seguida, aparecem Taguatinga (476) e Samambaia (360). Ceilândia e Samambaia não registraram nenhum óbito em 24 horas. Taguatinga registrou duas mortes ontem.

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