Eixo capital

Ana Maria Campos
postado em 23/02/2021 22:31
 (crédito: Imagem cedida ao Correio)
(crédito: Imagem cedida ao Correio)

Aglomeração no centro do poder

Com a volta dos trabalhos presenciais, a Câmara dos Deputados estava lotada ontem. Muita gente na fila para entrar nos anexos e circulando nos corredores sem respeitar o distanciamento. A maioria dos servidores estava de máscara, mas a aglomeração era evidente, um cenário que coloca em risco não apenas a saúde de quem cumpre expediente no Congresso, mas também familiares e pessoas que convivem com os servidores, em um momento em que os hospitais estão sobrecarregados, contam-se quase 5 mil mortos pela covid-19, novas cepas do novo coronavírus estão circulando no país e faltam vacinas.


Restrições para os mais frágeis

Por determinação do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), os servidores estão sendo obrigados a voltar ao trabalho presencial. A Mesa Diretora da Câmara publicou um ato na última segunda-feira com as regras: distanciamento físico de 1,5 metro no ambiente de trabalho, regime de revezamento de turnos e uso obrigatório de máscara. Até que sejam imunizados contra covid-19, permanecerão em trabalho remoto servidores com mais de 60 anos, grávidas ou amamentando, pais de recém-nascidos, servidores que tenham passado por intervenção cirúrgica ou tratamentos de saúde que causem diminuição da imunidade, além de pessoas com doenças crônicas ou outras comorbidades. Apesar das restrições, a Câmara é uma cidade por onde transitam cerca de três mil pessoas em dias de votação, de todas as partes do Brasil.

 

Racismo, não

A deputada Celina Leão (PP-DF) postou uma crítica ao colega Daniel Silveira (PSL-RJ). O deputado, que está preso por ataques aos ministros do STF e apoio ao AI-5, disse em vídeo, que não contrataria nenhum negro em seu gabinete. “A imunidade parlamentar não é para esse tipo de comportamento”, rebateu Celina.

 

Perda familiar

Diretor de Negócios Internacionais da União Química, indústria de medicamentos que produz no Brasil a Sputnik V, Rogério Rosso perdeu ontem o ex-sogro, Roberto Curi, avô de seus quatro filhos. O empresário pioneiro em Brasília, grande incentivador da produção das vacinas russas, morreu de covid-19. Rosso estava inconsolável. Curi, 88 anos, não teve tempo de se imunizar. A filha dele Karina Curi também teve a doença, mas se recuperou.

 

Presidente

O senador José Antônio Reguffe (Pode-DF) foi eleito, por aclamação, o novo presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CFTC) do Senado. Na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, a senadora Leila Barros (PSB-DF) é a nova vice-presidente, tendo o senador Marcelo Castro (MDB-PI) como presidente. O mandato é de dois anos.

 

Livre para circular de Cayenne

O deputado Luís Miranda (DEM-DF) está livre para circular com seu carrão, uma Porsche Cayenne, sem ser mais incomodado. A Justiça julgou improcedente a ação em que a antiga proprietária do veículo alegava ter tomado um cano do parlamentar. A autora da ação judicial pediu a posse do carro e acusou Miranda de não ter quitado o valor integral negociado. O deputado apresentou os comprovantes da transação e alertou que em nenhum momento as tratativas envolveram — como reafirmado agora em sentença — a suposta vítima, que agora é investigada pela Polícia Civil do DF em denúncia apresentada por Miranda.

 

Tique-taque

Com registro definitivo da Anvisa, a Pfizer estabeleceu prazo até o dia 2 de março para o Ministério da Saúde decidir sobre a compra de 100 milhões de doses da vacina. O tempo está passando.


Só papos

“As cidades do Entorno são de responsabilidade do governador de Goiás”

Ibaneis Rocha (MDB), governador do DF

 


“Essa declaração é de uma pequenez que rima com o seu próprio nome”

Ronaldo Caiado (DEM),
governador de Goiás

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