Crime

PCDF prende associação acusada de praticar estelionato

Através de uma empresa de apoio financeiro, os autores procuravam pessoas, em especial funcionários públicos que estavam endividados, e lhes oferecia grandes vantagens no refinamento de suas dívidas

Correio Braziliense
postado em 25/02/2021 09:50 / atualizado em 25/02/2021 09:51
Os criminosos aplicavam os golpes em pessoas que haviam realizado financiamentos bancários -  (crédito: Divulgação/PCDF)
Os criminosos aplicavam os golpes em pessoas que haviam realizado financiamentos bancários - (crédito: Divulgação/PCDF)

Na última quarta-feira (25/2), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a operação Fecha Firme. A ação teve como objetivo prender os integrantes de uma associação criminosa envolvida na prática de estelionato. Através de uma empresa de apoio financeiro, os autores procuravam pessoas, em especial funcionários públicos que estavam endividados, e ofereciam vantagens no refinamento de dívidas.

De acordo com a PCDF, os criminosos também procuravam pessoas que haviam realizado financiamentos bancários. A promessa era de que teriam dinheiro a receber, pois valores teriam sido cobrados a mais no financiamento.

No caso investigado pela 35ª Delegacia de Polícia, a vítima, uma mulher de 51 anos e moradora de Sobradinho II, recebeu um telefonema de uma pessoa que afirmou ser funcionária do Banco de Brasília (BRB). Na ligação, foi dito que ela teria dinheiro a receber referente a resquícios da sua conta, pois o banco teria cobrado valores a mais quando realizado o financiamento.

A vítima ainda informou que o suposto funcionário do BRB pediu que ela agendasse a visita para o dia 24 de fevereiro. Para isso, ela deveria levar o aparelho de telefone celular, com o aplicativo atualizado do banco, assim como o cartão bancário, tendo sido agendado o encontro para às 17h, na quadra 701.

Desconfiada, a vítima procurou a delegacia e foi informada pelos policiais que estava prestes a cair em um golpe. Segundo constatado pela PCDF, já haviam sido registradas 12 ocorrências policiais contra a citada empresa.

De acordo com o verificado pela corporação, quando as vítimas compareciam aos encontros, os funcionários da empresa pediam o aparelho de telefone celular. Sem que percebessem, as vítimas ingressavam nos aplicativos de seus bancos, contraíam um novo empréstimo e transferiam o dinheiro obtido para uma conta bancária por eles administrada.

Operação

Para conseguir desmantelar o grupo, a vítima foi orientada a comparecer na reunião agendada, a qual seria monitorada pelos policiais. No local, as três pessoas que atenderam a vítima solicitaram o celular. A primeira atendente pediu para mexer no celular da vítima com o intuito de “'ver o aplicativo” depois de solicitar que a vítima acessasse o aplicativo bancário e colocasse na página referente aos seus empréstimos.

Em seguida, os atendentes acessaram o aplicativo bancário no celular e, quando acessaram a aba referente aos investimentos, os policiais ingressaram no local e deram voz de prisão aos atendentes, identificados como Diones Oliveira da Costa, 38 anos e Raquel Lopes de Sousa, 27. A responsável pela empresa, identificada como Olamine Laage Farah Nolasco, 31, também foi autuada.

Durante a ação, a polícia constatou que Olamine atua como gerente geral da empresa, nas sedes do Rio de Janeiro e Brasília, sendo a responsável pelo treinamento dos atendentes. Na operação, alguns documentos, um computador pessoal e os aparelhos de telefone celular dos envolvidos foram apreendidos.

Entre os documentos apreendidos estão orientações da empresa para os atendentes. Os autores foram presos em flagrante delito pelos crimes de tentativa de estelionato e de associação criminosa.

A investigação prossegue em relação aos outros crimes envolvidos. Por cada crime de estelionato, os autores estão sujeitos à pena de 1 a 5 anos de prisão. Pelo crime de associação criminosa, podem pegar de 1 a 3 anos de reclusão. Na quarta-feira (24/2), a polícia também prendeu seis integrantes de uma associação criminosa de estelionatários que praticavam a falsificação de documentos e receptação de veículos roubados

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