Pandemia

Representantes do setor de bares e restaurantes avaliam anúncio de lockdown no DF

Para presidente em exercício da Fecomércio-DF, Edson de Castro, decisão representa um "mal necessário". Por outro lado, o presidente do Sindhobar, Jael Antônio, disse que tentará reverter a situação

Pedro Marra
postado em 26/02/2021 00:05 / atualizado em 26/02/2021 00:15
Restrições passam a valer a partir de segunda-feira (1º/2) -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
Restrições passam a valer a partir de segunda-feira (1º/2) - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

Depois de o governador Ibaneis Rocha (MDB) decidir, na noite desta quinta-feira (25/2), que adotará o lockdown no Distrito Federal, representantes do setor produtivo comentaram a decisão. A nova regra prevê a interrupção de toda a atividade econômica das 20h às 5h, a partir de segunda-feira (1º/3), à exceção de serviços essenciais.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) em exercício, Edson de Castro, a decisão de Ibaneis é oportuna, pois o DF registrou, nesta quinta-feira, um aumento de mais de 60% na média móvel de casos. "É um mal necessário, para evitar que as pessoas saiam à rua nesse horário (das 20h às 5h). Não é uma decisão contra o comércio, mas pode evitar mortes e os hospitais superlotados", comentou Edson.

A medida atinge principalmente lojas, restaurantes e bares. Ibaneis foi informado por técnicos da Secretaria de Saúde (SES-DF) de que a ocupação dos leitos públicos para pacientes com covid-19 em unidades de terapia intensiva (UTIs) havia chegado a um nível próximo do colapso, superior a 90%. O decreto com os detalhes sobre as restrições será publicado na edição desta sexta-feira (26/02) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Antônio, tentou falar com o governador para impedir a decisão. "Ficamos muito preocupados, porque o fechamento nesse horário inviabiliza o funcionamento noturno de nossas casas", comentou. "O setor passa por momentos cruciais e decisivos. Os empresários começaram a ficar animados para resolver as questões financeiras das empresas, que são graves. De repente, vem essa notícia. O jeito é lamentar e tentar ver se conseguimos reverter a situação", completou Jael.

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