Eixo capital

Ana maria campos/anacampos.df@dabr.com.br TUITADAS Acompanhe a cobertura da política local com @anacampos_cb

Correio Braziliense
postado em 27/02/2021 22:10
 (crédito: Renato Alves/Agência Brasilia)
(crédito: Renato Alves/Agência Brasilia)


Péssimo exemplo mundial
A situação crítica no sistema de saúde atinge vários estados. O país nunca esteve numa situação tão grave desde o início da pandemia: Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Amazonas e Goiás enfrentam uma situação terrível. Entre as capitais, 20 estão à beira do colapso, com mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI. O Distrito Federal, capital do país, não está diferente. O Brasil dando péssimo exemplo ao mundo.

 

Apoio na Câmara
O governador Ibaneis Rocha (MDB) conversou por telefone com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no dia do decreto do lockdown, para pedir apoio nas medidas restritivas para contenção da proliferação da covid-19. A Câmara é quase uma cidade, com circulação de pessoas de todos os estados.

 

Planos de casamento remarcados na pandemia
Em tempos de pandemia, é difícil marcar uma data para celebrar a vida. O casal de advogados Rodrigo Moraes e Fernanda Borges adiou várias vezes o casamento, desde o início da pandemia, e acreditou que fevereiro de 2021 seria uma data apropriada para o evento, com um convidado especial: o governador Ibaneis Rocha seria padrinho. A festa acabou ficando marcada para a noite do lockdown. Resultado: Ibaneis teve de declinar o convite. Presencialmente. O noivo é filho de um dos assessores mais próximos de Ibaneis: o policial civil Nino Moraes, chefe da Casa Militar do DF. “Ninguém marca um casamento de um dia para o outro. Eles (os noivos) remarcaram várias vezes e avaliaram que agora estaria tudo calmo. Não imaginavam que estaríamos na situação atual”, disse Nino. “Eles estão muito tristes com a situação”, acrescenta.

 

Silêncio
Muitas vezes o silêncio é a melhor opção. O deputado Reginaldo Veras (PDT) preferiu não rebater a primeira-dama, Mayara Noronha Rocha, depois da gravação de um vídeo em que ela reclama por ter sido criticada e o convoca, pelas redes sociais, a assumir o cargo dela, para ver as reais dificuldades de gestão. O governador Ibaneis Rocha (MDB) também não quis entrar no tiroteio com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), quando o vizinho subiu o tom nos ataques na semana passada.

 

Mais fiscalização
O presidente da OAB-DF, Delio Lins e Silva governador Ibaneis Rocha, como forma de salvar vidas. Mas ele acredita que existe um caminho para proteger o setor produtivo: aumentar a fiscalização contra aglomerações e desrespeito às regras sanitárias.

 

Vida
Ibaneis Rocha está no meio da maior polêmica da pandemia: deixar as atividades econômicas abrirem e permitirem a disseminação do novo coronavírus e fechar, com o risco de levar ao prejuízo de comerciantes e empresários. Mas, no momento de aumento de mortes e de superlotação nos hospitais, não existe outra opção além da vida.

 

Siga o dinheiro R$ 11.649.286,78
É o montante gasto pela Secretaria de Saúde na semana passada, em sistema de registro de preços, para compra de seringas descartáveis.

 

Mandou bem
Por mais duro que seja para os comerciantes, o governador Ibaneis Rocha acertou ao decretar o lockdown neste momento de escalada da contaminação por covid-19. Muita gente está desrespeitando as regras básicas de convivência em tempos de pandemia. Estamos vivendo uma guerra.

 

Mandou mal
O Brasil chegou a mais de 30 dias seguidos com média móvel de mortes acima de 1.000 e superou a marca de 250 mil mortes por covid-19, registrou a maior média móvel de óbitos de toda a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro criticou o uso de máscaras e as aglomerações continuam.

 

Só papos

 

“Começam a aparecer aqui os efeitos colaterais das máscaras. Uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais a crianças. Leva em conta diversos itens: irritabilidade, dores de cabeça, dificuldade de concentração, diminuição da percepção de felicidade, recusa em ir para a escola ou creche, desânimo, comprometimento da capacidade de aprendizado, vertigem e fadiga”
Presidente Jair Bolsonaro, citando uma suposta pesquisa de uma universidade alemã que na verdade é uma enquete na internet

 

“A tese desvairada de que máscaras fazem mal conduz à óbvia pergunta: por que os médicos e demais profissionais de saúde usam máscaras nos hospitais? Serão suicidas?”
Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB)

 

Enquanto isso...
Na sala de Justiça
Tudo vai voltar nesta semana ao ritmo de confinamento. Por causa do lockdown, o Tribunal de Justiça do DF suspendeu o atendimento e as audiências e sessões presenciais no âmbito da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

 

À QUEIMA-ROUPA
Deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos)

 

“A realização de culto presencial é um refúgio para aquelas pessoas que estão passando por momentos difíceis, como depressão, pensamentos de suicídio, pensamentos de automutilação, agravamento de vícios dentre outros”


Você é autor de uma lei que considera as atividades religiosas essenciais em tempos de pandemia. Não é um risco permitir cultos num momento em que as UTIs estão lotadas?
Não acredito ser um risco pois todos os templos respeitam as normas de segurança segurança sanitária. Além disso, a atividade religiosa é essencial para auxiliar o indivíduo a vencer os impactos da pandemia na saúde mental.


Como garantir que as igrejas seguirão as normas de segurança?
Todos os templos que estão abertos desde quando foram autorizados seguem as normas de segurança sanitária. As pessoas só entram depois de passarem por uma rigorosa inspeção na porta. Não houve relaxamento. Há restrição também de quantitativo de pessoas. O distanciamento social dentro dos templos é respeitado e as atividades on-line continuam para aqueles que são do grupo de risco. Além disso, há uma rigorosa fiscalização do poder público no funcionamento dos templos durante a pandemia. Vários templos receberam a visita de fiscais do DF Legal para averiguar o cumprimento das medidas.


Muita gente questiona a liberação de igrejas e templos quando as escolas estão fechadas, com aulas on-line. Os cultos também não poderiam ser realizados por videoconferência?
Os cultos também são transmitidos por videoconferência, a questão é que a permanência dentro de um templo religioso não passa de 1h30 e todos os protocolos são seguidos rigorosamente, além de existir uma fiscalização implacável do Poder Público no funcionamento dos templos. Lembrando que são nos templos religiosos que as pessoas choram e buscam consolo de suas perdas principalmente neste momento que não podemos compartilhar um abraço dos nossos entes queridos.


Muita gente já acompanha as missas e cultos pela televisão. Não seria uma forma mais adequada?
Cultos e missas já são transmitidos pela TV muito tempo antes da pandemia. A realização de culto presencial é um refúgio para aquelas pessoas que estão passando por momentos difíceis, como depressão, pensamentos de suicídio, pensamentos de automutilação, agravamento de vícios dentre outros. Lembrando que os templos religiosos são hospitais da alma.


Você é favorável ao lockdown?
Ninguém é favorável a lockdown. Infelizmente por não termos vacinas disponíveis para a população as autoridades precisam tomar medidas extremas, mesmo quando não concordamos.


O que você pode dizer aos empresários e comerciantes que terão prejuízos com a paralisação das atividades?
Podem contar com o nosso mandato para buscar soluções junto ao Governo para reparar estes prejuízos. O setor produtivo sempre foi um parceiro do Estado e é essencial para o combate da segunda maior consequência da pandemia que é o desemprego. O governador Ibaneis é sensível ao setor e acredito que juntos vamos encontrar uma solução emergencial para reparar os prejuízos financeiros.

 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação