Aos 96 anos, Sidney Almeida, médico veterano da saúde de Brasília, morreu por falência cardíaca. O aposentado estava internado no Hospital DF Star com problemas no coração, ocasionados pela idade avançada. Segundo familiares, ele estava lúcido. Sidney atuou na rede pública de saúde do Distrito Federal e nos hospitais particulares Santa Luzia e Daher, como ginecologista e obstetra, até os 70 anos, idade da aposentadoria compulsória do serviço público.
O médico faleceu às 23h de quarta-feira. O sepultamento foi realizado ontem. Segundo a filha, Isabela Garcia, 57 anos, ele era uma pessoa e um profissional excepcional. “Estudava alemão, japonês e gostava de jogar baralho com a família. Era muito querido pelos pacientes, pois gostava de atender e era muito bom no que fazia”, disse. Ela e a neta de Sidney, Ana Carolina Garcia, 34, influenciadas por ele, seguiram carreira na medicina e se tornaram oftalmologistas atuantes na capital federal. “Ele sempre foi e será um exemplo para nós”, declarou Isabela.
Natural de Minas Gerais, Sidney veio a Brasília pela primeira vez em 1965 para conhecer as promessas de Juscelino Kubitschek. De acordo com os parentes, ele se encantou com a cidade, e viu, no Correio Braziliense, o anúncio de um concurso para o cargo de médico no Hospital Distrital, atual Hospital de Base. Ao ser aprovado, deu início à carreira no serviço público.”Foi responsável pelo nascimento de milhares de brasilienses, sendo respeitado por todos os seus pacientes”, lembrou a filha.
Aos 70, após se aposentar, viu no jornal o anúncio de que a Secretaria de Saúde estava recrutando médicos da família para atuarem na rede. Inscreveu-se, fez uma prova e, novamente aprovado, foi trabalhar em uma unidade de saúde em São Sebastião. Dedicou-se, como médico da família, até o encerramento do programa que participava. “Doutor Sidney foi um médico admirável, ético, profissional e dedicado aos seus pacientes. Fará muita falta”, arrematou Isabela.
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