IBGE

Pesquisa mostra desigualdade salarial entre homens e mulheres no DF

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) traz que, no 3º trimestre de 2019, as mulheres do DF ganhavam R$ 3.419, enquanto os homens recebiam um salário médio de R$ 4.288. Em 2020, a diferença foi de R$ 3.940 para as mulheres, e de R$ 4.414 para os homens.

Pedro Marra
postado em 07/03/2021 12:15
 (crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)
(crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil)

Uma pesquisa publicada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, entre o 3º trimestre de 2019 e 2020, aumentou em 8,6% o contingente de mulheres fora da força de trabalho. o número de mulheres empregadas no mercado de trabalho, por sua vez, diminuiu 5,7 milhões. 

No Distrito Federal, a crise sanitária, econômica e social reforçou a distância salarial entre homens e mulheres. Aqui, com base no período divulgado pela pesquisa, em 2019, as mulheres ganhavam R$ 3.419, enquanto os homens recebiam um salário médio de R$ 4.288. Em 2020, a diferença se encurtou um pouco, mas ainda é desigual: salário de R$ 3.940 para as mulheres, e de R$ 4.414 para os homens. Para o público feminino, a hora paga foi de R$ 32,35 no país. Para o masculino, ficou em R$ 45,83. Com a mesma escolaridade, elas ganhavam em média R$ 3.910 e eles, R$ 4.910, estimativa nacional.

As mulheres negras do Distrito Federal, por sua vez, têm rendimento diário de R$ 20,41, enquanto as não negras ganham R$ 30,62. Além disso, mais 504 mil mulheres ficaram desempregadas no Brasil, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No DF, a porcentagem de mulheres ocupadas caiu de 42,9% para 37,9% no período analisado.

 

Desigualdade racial

Para o grupo de mulheres, com maior escolaridade, que foram realizar trabalho em casa, o rendimento médio por hora aumentou no Brasil: entre as negras, passou de R$ 10,95 para R$ 11,55. Entre as não negras, foi de R$ 18,15 para R$ 20,79. Ao trazermos esse parâmetro para o DF, o levantamento aponta que 17,2% das mulheres com ensino superior estavam ocupadas em 2019, taxa que subiu para 18,3% no ano seguinte.

Segundo o Dieese, essa elevação se deu principalmente por efeito estatístico, em razão da saída de mulheres com menores rendimentos do mercado de trabalho e a permanência daquelas com maiores salários. O levantamento mostra que, no Brasil, uma parcela expressiva de mulheres nem sequer buscaram uma nova inserção.

A taxa de desemprego das mulheres negras e não negras cresceu 3,2 e 2,9 pontos percentuais, respectivamente, sendo que, no caso das mulheres negras, se chegou a alarmante taxa de 19,8% de desempregadas no país, em 2020. Para as mulheres não negras, a taxa ficou em 13,5%.

 

 

*Com informações do Dieese

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação