Trânsito

Apenas 9% dos acidentes fatais em 2020 tinham mulheres ao volante

Detran-DF elaborou o boletim informativo Mulheres no Trânsito, que traz dados sobre o envolvimento do público do gênero feminino em acidentes com morte nas vias do DF.

Correio Braziliense
postado em 07/03/2021 16:09 / atualizado em 07/03/2021 16:45
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) divulgou, neste domingo (7/3), o boletim informativo Mulheres no Trânsito, que traz dados sobre o envolvimento do público do gênero feminino em acidentes com morte nas vias do DF.

Os dados apontam que em 9% dos acidentes fatais ocorridos em 2020, o veículo era conduzido por uma mulher: dos 265 condutores envolvidos em acidentes que resultaram em morte, 23 eram mulheres, 228 eram homens e outros 14 não foram identificados.

Considerando as 23 condutoras envolvidas em ocorrências fatais em 2020, o boletim aponta que seis delas (26%) tinham entre 20 e 29 anos, sete (30%) morreram, outras sete (30%) ficaram feridas e nove (60%) escaparam ilesas. A maior parte dessas mulheres (70%) estava ao volante.

Segundo o Detran-DF, em 2020, 177 pessoas perderam a vida no trânsito, sendo 18% delas (32) do sexo feminino: 14 passageiras, 11 pedestres, duas ciclistas, uma motociclista e quatro condutoras de outros veículos. A maioria das mortes (20) ocorreu em rodovias federais e distritais, enquanto 12 foram registradas em vias urbanas da cidade.

Entre as mulheres mortas no trânsito em 2020, 22% tinham entre 40 e 49 anos e 44% eram passageiras. O período da noite, entre as 18h e as 23h59, apresentou 13 acidentes (41%), sendo a maioria (4) no domingo. O tipo de acidente que mais vitimou as mulheres no ano passado foi colisão, seguido por atropelamento de pedestres e choque com objeto fixo.

Sob a perspectiva das mulheres como vítimas fatais no trânsito, a Gerência de Estatística do Detran também analisou os dados de acidentes ocorridos de 2011 a 2020, período estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a 1ª Década Mundial de Ação para a Segurança no Trânsito. A meta é de estabilizar e reduzir a mortalidade por acidentes de trânsito dos dez anos anteriores (2001 a 2010).

Para isso, foram comparadas informações acumuladas dos dois períodos. O quantitativo de mulheres mortas diminuiu de 842 para 629, mas manteve o mesmo percentual em relação ao total de vítimas nas duas décadas (19%).

Entre 2011 e 2020, o ano com maior número de mulheres mortas foi 2014 – 94 vítimas –, e o com o menor número foi 2020, que registrou 32. O atropelamento de pedestres foi a natureza predominante nos acidentes que vitimaram mulheres nas duas décadas, mas reduziu de 47%, nos dez anos anteriores, para 38% na 1ª Década.

Motociclistas

Atualmente, há 706.772 mulheres habilitadas no Distrito Federal, o que representa 40% do total de condutores registrados no Detran-DF. Entre elas, 62.731 (9%) possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para conduzir motocicletas.

Mesmo representando apenas 9% do total de condutoras, a quantidade de motociclistas mortas aumentou de uma década para a outra, saltando de 13 para 18. Enquanto isso, o número de óbitos de passageiras e pedestres reduziu, caindo de 407 para 256 mulheres mortas por atropelamento e de 329 para 273 passageiras que perderam a vida em acidentes.

*Com informações do Detran-DF

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