Capital S/A

Samanta Sallum
postado em 23/03/2021 22:26 / atualizado em 23/03/2021 22:28
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

"Se tu o desejas, podes voar, só tens de confiar muito em ti"

Steve Jobs

 

Da UTI para a liderança do Brasil 21

Exatamente um ano após sair da UTI, o empresário Fabiano Cunha Campos, 54 anos, enfrenta o desafio de liderar a empresa da família, que tem como principal marca o Complexo Brasil 21. O empreendimento reúne o hotel Meliá, 10 restaurantes, centro de convenções e salas de escritórios.

O fundador da empresa, Arnaldo Cunha Campos, pai de Fabiano, faleceu, aos 84 anos, vítima de complicações da covid-19, em 2020.


Legado do pai

Fabiano também contraiu covid-19 no ano passado e foi o primeiro paciente a ser internado no hospital DF Star com a doença. “Eu fui criado para ser o sucessor do meu pai nos negócios, mas nunca imaginei que seria nestas circunstâncias”, conta. O Brasil 21 foi inaugurado em 2001, sendo o primeiro hotel de rede internacional do DF. É responsável por 600 empregos diretos e 1,8 mil indiretos. “Não podemos desanimar. É doloroso este momento, a perda do meu pai, mas tenho de continuar o trabalho dele, lutar pelo legado que deixou para nós e para Brasília”, desabafa.


Novos negócios

Superar a crise e se reinventar. Assim, Fabiano passou a liderar a empresa. O grupo, recentemente, assumiu a gestão do Instituto Israel Pinheiro, no Lago Sul. Assinou um contrato de 25 anos de arrendamento do espaço, que pertence aos Salesianos. O local se voltará mais para eventos e, como tem grande área aberta, tornou-se uma opção mais segura neste período de pandemia.


Visita do GDF

Já foram realizados casamentos, workshops e há possibilidade de virar um posto de vacinação para atender a moradores da área. Na semana passada, o secretário de Economia do DF, André Clemente, e a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, visitaram o local. “Esperamos que o segundo semestre seja melhor. Estamos com esperança.

Os eventos não estão sendo cancelados, apenas reagendados. Isso é um bom sinal”, diz Campos.

 

Impacto no setor hoteleiro

O empresário aponta a queda brusca na ocupação dos hotéis em Brasília por causa da pandemia. Antes dela, de quinta a sexta-feira, a ocupação chegava a 100%, e nos fins de semana, a 40%. Hoje, não passa de 15%. Para driblar a crise, o Brasil 21 começou a promover eventos híbridos, presenciais e virtuais, como o Bazar da Gestante, no fim de fevereiro.


Reativar a gastronomia

Um dos restaurantes, o Norton Grill, tinha reaberto e estava oferecendo happy hour na varanda todos os dias. Abria, também, para café da manhã ao público, além do serviço delivery. “Quando terminar este lockdown, vamos reabrir o Norton e mais duas operações de gastronomia: o buffet Uai e nossa patisserie”, conta Campos.

 

Auxílio ao artesão

Para celebrar um ano de recuperado da covid-19, e em homenagem à memória do pai, Campos doou 600 cestas básicas para os artesãos da Feira da Torre. “Foi uma forma de agradecer a vida e de ajudar a quem precisa.”


Oportunidades no mercado de tecnologia

“Com a pandemia, o mercado foi reformulado, muita coisa mudou e novas tecnologias ficaram em evidência. Tivemos a digitalização forçada, as pessoas ficaram em home office e o boom do e-commerce aconteceu. Com isso, o profissional precisa se reciclar e abrir novas oportunidades”, diz o diretor da faculdade Senac, professor Luís Afonso Bermúdez. O vestibular agendado da Faculdade de Tecnologia e Inovação Senac-DF vai até 10 de abril.

 

Fabricantes da Coca-Cola na campanha de vacinação

Os fabricantes brasileiros de Coca-Cola entraram na campanha para divulgar a vacinação contra a covid-19. Estão sendo entregues cartazes do Ministério da Saúde em mais de 1 milhão de pontos de venda de bebidas da marca, em todo o país.



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