Coronavírus

Alta procura por vacinas no DF

Pontos de vacinação por drive-thru registraram longas filas de idosos acima dos 67 anos e profissionais agendados para receber a primeira dose do imunizante. Com grande demanda, Secretaria de Saúde aguarda chegada de mais doses à capital nesta semana

Cibele Moreira
postado em 28/03/2021 20:22
 (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

O fim de semana no Distrito Federal foi marcado por grande fluxo de pessoas nos pontos de vacinação por drive-thrus. Em algumas localidades, as filas tinham extensão quilométrica; em outras, a movimentação era tranquila e rápida. No Shopping Iguatemi, na manhã de ontem, o tempo médio de espera registrado foi entre 3h e 4h. A alta demanda foi impulsionada pelos agendamentos de profissionais, de idosos acima dos 67 anos, além da vinda de pessoas do Entorno em busca de vacina. Mesmo com o grande fluxo, não houve falta de vacina. Segundo o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, há a expectativa da chegada de novas doses para esta semana.

Okumoto acompanhou de perto a vacinação do público prioritário e afirma que está satisfeito com o processo “Mesmo a gente observando que aqui (no Shopping Iguatemi) pode demorar um pouco mais (para receber a dose), o vacinado sai muito feliz. Este é um momento muito esperado”, comentou o secretário. Na avaliação dele, a imunização está indo muito bem. “Acredito que vai ser um sucesso, que as pessoas estando imunizadas estamos melhorando muito a questão da transmissão da doença aqui no Distrito Federal”, ressaltou.

Sobre as chances de não ter doses para todo mundo, Osnei Okumoto explicou que pode acontecer, mas que a possibilidade é mínimas. “Nesses locais, onde há um grande fluxo de pessoas agendadas, a gente tem estado mais atento para que não falte a vacina. Se necessário, remanejamos as doses uma vez que outros locais estão vazios. Uma questão de logística, mas pode acontecer de faltar em algum lugar, uma vez que recebemos muita gente de fora ontem (sábado). Foi impressionante. Mesmo aqui no Iguatemi, vimos muitos carros de fora, de Goiás. Na ficha de vacinação, pessoas com telefone 031 (prefixo) de Minas Gerais. E com essa demanda pode ser que aconteça”, relata.

Apesar da declaração do governador Ibaneis Rocha (MDB), no sábado, sobre a possibilidade de pedir o comprovante de residência em nome do vacinado para ter maior controle das pessoas vacinadas residentes da capital, o secretário de Saúde vê uma outra alternativa. “Nós fizemos uma documentação para o Ministério da Saúde, solicitando mais doses aqui, uma vez que a gente tem esse número de pessoas de outros estados para vacinar no Distrito Federal. Isso acontece porque estamos trabalhando com uma faixa etária menor que em outros Estados”, expõe o secretário de saúde. Para Osnei, é complicado pedir a comprovação de residência, pois o sistema de saúde único não difere por região.

“O governador Ibaneis defende o sistema único de saúde, mas também fica muito preocupado porque na verdade a quantidade de pessoas hoje que necessita do sistema público de saúde em decorrência da contaminação da doença e ficam internados no DF é alta. Isso traz uma preocupação para ele, mas vamos solicitar mais vacinas para o Ministério da Saúde”, ressaltou Osnei Okumoto.

O ponto de vacinação no Parque da Cidade também contou com uma grande concentração de veículos ao longo do fim de semana. Porém outros locais ficaram mais vazios, como os pontos no Mané Garrincha, no Liberty Mall e no Pátio Brasil. No Iguatemi, por volta de meio-dia de ontem, quem chegava no local já recebia a informação de postos mais vazios aos quais poderiam dirigir-se para não pegar longa fila.

A superintendente da Região Leste, Raquel Bevilaqua, conta que, apesar da grande procura, o ponto de drive-thru do Shopping Iguatemi estava preparado para atender a todos. “(Sábado) atendemos cerca de 920 pessoas. Com essa base, hoje (domingo), contamos com mil doses. Mas a fila está menor do que a de ontem”, pontuou Raquel.

A psicóloga Janaína Milagres, 36 anos, acredita que neste momento é único. “Eu tive covid-19 em agosto do ano passado, não fiquei internada, mas tive todos os sintomas. Agora, com essa nova cepa, não quero pegar essa doença mais, não. Essa variação veio para matar de verdade”, relata. Ela conta que os pais e dez tios já se vacinaram.

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