OPERAÇÃO

PCDF prende grupo que utilizava Correios para distribuir drogas no DF

Nesta sexta-feira, a Polícia Civil cumpriu 11 mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão no DF e nos outros dois estados. Até o momento, 14 pessoas foram presas

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por intermédio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), desarticulou, nesta sexta-feira (19/3), uma organização criminosa por tráfico interestadual de drogas. Investigações revelaram que o grupo utiliza-se dos Correios para entregar os entorpecentes caros, como haxixe e skunk, para traficantes de Brasília, Rio de Janeiro e Goiás.

Nesta sexta-feira, a PCDF cumpriu 11 mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão no DF e nos outros dois estados. Até o momento, 14 pessoas foram presas. “Começamos a investigação após o recebimento de informações da central de segurança dos Correios sobre encomendas suspeitas. A partir disso, conseguimos esquadrinhar uma organização”, frisou o delegado da Cord, Rogério Cardoso.

Segundo a apuração policial, a organização criminosa era comandada por traficantes do Rio de Janeiro, que acionavam outros criminosos de outros estados para a comercialização de drogas como o haxixe, skunk e sintéticas. O delegado explica que os autores tinham alto poder aquisitivo. “Essas drogas são caras e os integrantes desse grupo são pessoas articuladas, que montaram um esquema de rede se passando como motoboys aqui no DF para distribuir as drogas”, frisou o investigador.

Recebidas as cargas pelos Correios, no Distrito Federal, as drogas eram distribuídas com a utilização de motoboys, que realizavam as entregas aos usuários. Até o momento, não foi possível confirmar o envolvimento dos entregadores no esquema criminoso. As investigações revelaram, ainda, que, em decorrência da pandemia, a organização criminosa intensificou as negociações para a entrega dos entorpecentes a distância. A Cord apura o envolvimento de traficantes de outros estados do país suspeitos de terem ligação com o grupo criminoso. A operação contou com apoio da direção dos Correios, bem como com a atuação da Divisão de Operações Especiais (DOE/PCDF) e da Seção de Cinofilia (Canil/PCDF).