PANDEMIA

Covid-19: taxa de ocupação de leitos de UTI adulto está em 99,45% no DF

Levando em consideração os leitos neonatal e pediátricos, o índice de ocupação chega a 97,66%. Os dados foram atualizados às 6h10 desta terça-feira (23/3)

A rede de saúde pública do Distrito Federal está bem próxima da ocupação total de leitos de UTI adultos reservados para o tratamento da covid-19. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, atualizados às 6h10 desta terça-feira (23/3), a taxa de ocupação desse tipo de leito está em 99,45%. No entanto, se considerado os leitos de neonatal e pediátricos, o índice chega a 97,66%. 

Dos 429 leitos disponibilizados para atender casos graves do novo coronavírus, nove estão vagos — sendo que somente dois são destinados para pacientes adultos (um no Hospital de Campanha da Polícia Militar e outro no Hospital Universitário de Brasília - HUB). Outros 35 leitos aguardam liberação e 10 estão bloqueados para manutenção.

Segundo o último levantamento, 14 unidades de saúde estão com a lotação máxima. A lista de espera para uma vaga em unidade de terapia intensiva (UTI) está em 418 pacientes — deste total, 330 estão com suspeita ou confirmação da covid-19. 

Entre os pacientes internados, oito são bebês entre 0 a 1 ano de idade. Porém, o pico se intensifica a partir dos 33 anos e a grande demanda registrada está em pessoas com 56 anos até 70 anos, representando 133 dos internados. 

Na manhã desta segunda-feira (22/3), o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) — unidade referência no tratamento à covid-19 — decretou bandeira vermelha após superlotação. Apenas os casos mais graves estão sendo atendidos. 

Com a alta demanda, a Secretaria de Saúde elaborou um plano para restruturar a rede e remanejar profissionais para o atendimento aos pacientes com o novo coronavírus. Com a medida, os ambulatórios de Atenção Secundária, excetuando os de saúde mental ou situações excepcionais, poderão ser fechados. Fica suspensa também as cirurgias cardiovasculares, oncológicas e transplantes na rede pública e nas unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), pelo grande risco de contaminação à covid-19 por esses pacientes.