Obituário

Mundo cultural em luto

O jornalista e produtor cultural, Manu Santos morreu, ontem, em decorrência de um câncer. Familiares e amigos se despedem do profissional ímpar

Adriana Bernardes - Nahima Maciel
postado em 04/04/2021 22:50
 (crédito: Reprodução/Instagram)
(crédito: Reprodução/Instagram)


Leveza? Ele tinha! Competência? Também! Era carismático, agregador, bem-humorado, inteligente, festeiro, amante de todas as expressões artísticas? Sim, ele era! Não importa com quem se fale sobre Manu Santos. É assim que ele será lembrado por amigos, familiares e artistas. Manu encerrou sua jornada terrena ontem, aos 41 anos, em decorrência de um câncer.

A saudade já é imensa nos corações de quem teve o privilégio da companhia do jornalista e produtor cultural. E claro, a tristeza pela perda tão precoce. Mas chororô e lamento não combinavam com Manu, e quem o conheceu sabe muito bem disso.

Então, na mesma nota do comunicado de falecimento, havia um convite. Como o velório foi fechado para a família, os amigos de Manu organizaram ontem, às 19h, uma homenagem no zoom. A proposta era fazer um brinde, bem ao estilo de Manu Santos.

Irmã de Manu, a secretária-executiva Jane Santos, 40 anos, segurava a mão dele até que o coração deixou de bater. “Ele foi sem dor, a feição estava tranquila. Falei algumas palavras de luz, disse que todos o amam e estavam mandando mensagens de carinho, e que ele fizesse uma passagem de luz”. Para Jane, Manu deixa o exemplo de amor ao próximo, a força na luta contra o câncer e a certeza de que ela teve um irmão extraordinário!

Para a jornalista Paula Pratini, com quem montou o site "Desfrute cultural", a dedicação ao trabalho e a disposição em sempre ajudar o outro eram marcas de Manu. “Ele conhecia muita gente em Brasília, em todas as tribos, tinha amigos entre os artistas, os independentes, o pessoal da alta sociedade. Onde ele estava era sinal de que ia ter uma boa festa, uma badalação, um brinde, alguma coisa de boa qualidade”, conta.

Manu nasceu em Garanhuns, Pernambuco, e veio para Brasília, com a irmã e o pai Manoel Severino dos Santos, em 1994. A produtora cultural Ana Arruda o conheceu por volta de 2005, quando ele ainda trabalhava como garçom em eventos da Fnac. “Logo ele cresceu como produtor e assessor de imprensa. Era um artista em agregar pessoas e contagiar com sua leveza, gentileza, elegância e generosidade”, lembra Ana.

Humor afiado

Amiga de Manu, Liana Sabo, jornalista e colunista do Correio Braziliense, fazia questão de estar presente nos eventos organizados por ele. “Nós ríamos muito! Ele tinha um fino e afiado humor. Não foi por acaso que partiu no Domingo da Ressurreição, Deus que sempre o guardou tinha outro plano para Manu”.

 

 

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