"Há apenas uma maneira de evitar críticas: não faça nada, não diga nada e não seja nada. "
Aristóteles
As sandálias de Santa Maria nos pés da Europa
Fica no Distrito Federal a terceira maior fábrica de sandálias de borracha do Brasil. A indústria gera 150 empregos diretos e 100 indiretos. Está hoje instalada no Polo JK. Mas começou no fundo de quintal de uma residência em Santa Maria há 19 anos. As sandálias Koc Pitt são exportadas para muitos países, especialmente da Europa. Também são vendidas em quase todos os estados do Brasil. Têm destaque especial no Centro-Oeste, com 12% do mercado.
Mercosul
São produzidos por dia 12 mil pares de sandálias na fábrica. Já se chegou a 18 mil por dia antes da pandemia, porém a unidade fabril tem uma capacidade instalada para 50 mil pares por dia a marca está pronta para voar alto. A fábrica exporta muito também para o Mercosul.
Nas redes de atacado
O cearense Jeová Souza da Silva, 48 anos, criou as sandálias Koc Pitt. Chegou em Brasília em 1989. Trabalhou como balconista em sapatarias, chegou a ser representante de vendas de um fabricante de chinelos de dedo de São Paulo até que decidiu ele mesmo fabricar as sandálias.
Com a pandemia, as exportações foram um pouco reduzidas. “No verão europeu passado até conseguimos vender bem, este ano está mais complicado. Porém estamos com boas perspectivas de ampliar nosso mercado no Brasil. Estamos negociando com grande redes de atacado”, conta Jeová.
Insegurança jurídica
O empresário faz questão de valorizar o produto feito no DF e lamenta que alguns empresários locais acabem deixando a capital federal para se instalar em regiões vizinhas. “Há uma insegurança jurídica aqui que nos prejudica. Os governos criam benefícios para estimular a produção local , mas depois o Ministério Público e o Judiciário consideram ilegais e nós que temos de pagar a conta . Eu fiz muito esforço para permanecer aqui , pois valorizo minha região “, conta Jeová.
Fibra promove Semana da Empresa Exportadora no DF
A desvalorização do real diante do dólar é um grande incentivo para a busca por mercados fora do Brasil. Mas exportar é uma estratégia que deve ser muito bem planejada, aponta a Federação das Indústrias do DF (Fibra). Para impulsionar os produtos locais no mercado internacional, como as sandálias Koc Pitt, será realizada até sexta-feira a Semana da Empresa Exportadora.
Centro Internacional de Negócios
Empresários interessados em buscar novos negócios fora do Brasil poderão participar gratuitamente do evento on-line promovido pela Fibra por meio do Centro Internacional de Negócios do DF (CIN-DF). Os encontros virtuais ocorrem das 17hàs 18h. Serão abordados temas como gestão de negócios internacionais, linhas de financiamento e definição de estratégias de exportação.
Planejamento e inovação
“Períodos de crise demandam que empresas se reestruturem, inovem. Com a Semana da Empresa Exportadora, a Fibra quer levar informação para que empresários possam se planejar e exportar de forma eficiente e rentável”, ressalta o presidente da Fibra DF, Jamal Bittar.
BRB, Sebrae e Apex
Além da Fibra, participarão representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do Banco do Brasil, do Banco de Brasília (BRB), dos Correios, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no DF. Todos são apoiadores da iniciativa. As inscrições estão abertas pelo site bit.ly/semanadaempresaexportadora.
Auxílio a bares e restaurantes será votado no Senado
Está prevista para amanhã no Senado a votação do Projeto de Lei n° 973/2021, do senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), que institui o Programa de Auxílio aos Restaurantes, Bares e Lanchonetes em razão da pandemia. O benefício será válido pelo período de 3 meses (a contar da publicação da lei). Ele concede auxílio de R$ 2 mil mensais aos pequenos empreendedores do setor, que devem estar cadastrados na junta comercial e estarem ativos na Receita Federal.
Doação de estoques
O projeto prevê também a doação incentivada de estoques de alimentos para serem distribuídos às famílias vulneráveis. Os estabelecimentos que participarem da doação farão jus a reembolso da União do valor do estoque doado até o limite de R$ 3 mil.
Suspensão de tributos até dezembro
O texto, se aprovado, suspende até 31 de dezembro de 2021 a cobrança de tributos federais, inclusive dos que já estejam inscritos em dívida ativa da União, dos restaurantes, bares e lanchonetes. No caso de microempresa ou empresa de pequeno porte, a renegociação deverá prever a possibilidade de desconto de até 70% (setenta por cento) sobre o valor total da dívida e o prazo máximo para sua quitação de até 145 dias.
Mobilização
As entidades que representam o setor no DF estão mobilizadas para garantir a aprovação do projeto. Pedem aos senadores que sejam sensíveis à crise por que o segmento passa. “Estamos num momento caótico, acumulando prejuízos, os pequenos empreendedores sem condições de sobreviver. Precisamos da aprovação deste projeto”, afirma Jael Silva, presidente do Sindhobar no DF e diretor da Fecomércio/DF.
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