A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) segue com as investigações para identificar outros integrantes de um grupo especializado em furtar e roubar casas lotéricas da capital. Com máscaras e luvas, os criminosos quebravam as paredes e levavam o dinheiro dos cofres. O prejuízo é estimado em R$ 300 mil em um ano. Ontem, agentes da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) prenderam três homens na Operação Foraminis.
As investigações começaram após os policiais da Corpatri tomarem conhecimento de um furto a uma lotérica, na QI 12 de Taguatinga, em setembro do ano passado. O que chamou a atenção da equipe de investigação foi a semelhança das ações dos criminosos em cada caso. De forma meticulosa, objetivando dificultar as diligências, eles usavam máscaras, luvas, realizavam levantamentos prévios dos estabelecimentos e desativavam os sistemas de alarme que existissem nos locais.
“Era o mesmo modus operandi. Eles agiam, principalmente, no período noturno. Quebravam as paredes e, se tivessem vítimas no local, as ameaçavam com arma de fogo e roubavam. Mas, se não houvesse pessoas, furtavam”, detalha o delegado à frente do caso, André Luís Oliveira. No furto em Taguatinga, os criminosos levaram R$ 19 mil em espécie. Três integrantes do grupo foram identificados e indiciados por organização criminosa e furto majorado, podendo pegar até 11 anos de prisão. As investigações continuam para identificar outros envolvidos.
Baderna
O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Loteria, Comissários e Consignatários do DF (Sindiloterias), Jair Magalhães, acredita que, com a prisão de alguns integrantes da quadrilha, o número de crimes desse tipo tende a diminuir. “Há pelo menos três meses, recebíamos bastante denúncias de furtos e roubos. Atualmente, esses relatos têm reduzido bastante”, afirma.
Jair administra três lotéricas no DF: no P Sul, na Estrutural e em Vicente Pires. Há três meses, a unidade dele do P Sul foi furtada. O modo de agir dos criminosos foi o mesmo que é investigado pela PCDF. “Eles quebraram a parede e fizeram um buraco. A sorte foi que, na hora, o sinal de alarme tocou, e meu celular apitou. Então, eles não chegaram a ficar nem 30 segundos na loja. O medo da gente não é nem o dinheiro, porque boa parte é recolhida e só fica o troco no caixa. O problema é que eles fazem uma bagunça, quebram tudo”, lamenta.
Jair aconselha os proprietários a instalar alarmes de boa qualidade e câmeras de segurança, para caso aconteça uma situação de roubo ou furto, as imagens consigam captar as características dos criminosos e auxiliar o trabalho da polícia na identificação.
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