O novo coronavírus matou mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo, até agora. No Distrito Federal, de acordo com boletim da Secretaria de Saúde divulgado ontem, houve 7.284 mortes provocadas pela doença. Os números alarmantes começam a se refletir na expectativa de vida dos brasileiros. No caso dos brasilienses, porém, os impactos serão maiores entre todas as unidades da Federação, segundo um recente estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A pesquisa mostra que a expectativa de vida na capital federal cairá, em média, três anos, em 2021 — de 79,08 para 75,4. A queda ficou bastante acima do calculado em nível nacional (1,94). Caso os dados se confirmem, a taxa do DF ficará muito próxima do indicador brasileiro atual (76,6 anos). Será a primeira vez, desde 1940, que o Brasil registra decréscimo nesse índice.
O retrocesso resulta dos problemas de enfrentamento à pandemia da covid-19. Entre as principais causas do aumento no número de mortes causadas pela doença apontadas pelo estudo, estão vigilância sanitária falha; limitação da testagem, o que impede um diagnóstico adequado; além de problemas com os protocolos de notificação das mortes. “O número de mortes pela covid-19 no Brasil tem sido catastrófico. Ganhos de longevidade por estados, alcançados ao longo dos anos ou até décadas, foram revertidos pela pandemia. A falta de uma resposta rápida, coordenada e igualitária, informada pela ciência, assim como a promoção da desinformação, tem sido a marca da administração atual”, ressalta a pesquisa.
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