Executivo

Novo hospital deve ter 100 leitos

/ Governador Ibaneis Rocha visitou, ontem, a obra da unidade de Samambaia, acoplada ao HRSam. Construção recebeu R$ 9 milhões da iniciativa privada e deve ser inaugurada no início de maio. Estrutura vai integrar a rede de saúde do DF definitivamente

Luana Patriolino
postado em 23/04/2021 21:46
 (crédito: Vinicius de Melo/Agência Brasília)
(crédito: Vinicius de Melo/Agência Brasília)

Com 18 dias de trabalho, o hospital acoplado ao Hospital Regional de Samambaia (HRSam) deve disponibilizar 100 leitos de enfermaria para atender pacientes infectados pela covid-19. Diferentemente dos hospitais de campanha, a unidade vai integrar a rede de saúde do Distrito Federal definitivamente. Ontem, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB); o vice-governador, Paco Britto (Avante); o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto; e empresários visitaram a construção.

Paco Britto ressaltou que a unidade ficará para uso da população permanentemente. “É um hospital diferenciado e ficará como um legado, como o de Ceilândia — que está funcionando até hoje”, afirmou.

Para o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, esse modelo tem funcionado na capital. “Teremos leitos de retaguarda. Serão leitos de enfermaria que darão cobertura para todas as regiões aqui, próximas a Samambaia. Teremos duas UPAs (unidade de pronto-atendimento), e elas necessitarão desses leitos”, adiantou.

O hospital acoplado de Samambaia possui uma estrutura de mil metros quadrados, em uma área onde funcionava um estacionamento. De acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), a unidade será incorporada ao Hospital Regional de Samambaia, assim que a pandemia da covid-19 acabar.

O diretor do HRSam, Ruiter Arantes, destacou que a abertura da unidade vai desafogar a fila de espera por leitos e diminuir a demora dos atendimentos. “A região de Samambaia cresceu muito e, atualmente, precisamos, sim, desses leitos. Serão de suma importância. É uma obra que, no momento, precisa ser rápida. Estamos com uma sobrecarga muito grande. Aqui é um hospital referência da covid-19”, explicou.

Doações
A construção da unidade acoplada ao HRSam recebeu R$ 4 milhões de doação das redes D’Or São Luiz e Dasa Ímpar. O Comitê Todos Contra a Covid-19 doou mais R$ 2 milhões e o Instituto BRB, R$ 3 milhões. Ao todo, são R$ 9 milhões de investimento para a unidade. O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, ressaltou a parceria entre as empresas e o Executivo local. “O BRB junto às entidades privadas, sob coordenação da vice-governadoria, se uniram e deram as mãos para arrecadar recursos para o hospital de Samambaia”.

O superintendente de Saúde da Região Sudoeste, Luciano Gomes Almeida, avalia que a obra pode ser entregue antes do prazo estabelecido. “Estava prevista para o dia 20 de maio. Mas podemos entregar ainda no dia 10 para a população. Quanto mais leitos tivermos, mais vamos conseguir melhorar a nossa capacidade de atendimento”, acrescentou.

O governo local está construindo três hospitais de campanha, com 100 leitos de unidades de cuidados intermediários (UCI) cada, para tratar pacientes com o novo coronavírus. As unidades estão distribuídas no Plano Piloto, Ceilândia e Gama.

UTI
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirmou que não vai mais instalar leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) nos hospitais de campanha para atendimento exclusivo de pacientes com covid-19. Segundo a pasta, serão instaladas 300 unidades de UCI.

Na quinta-feira, durante coletiva de imprensa, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, explicou que os leitos dos hospitais de campanha serão equipados com os mesmos equipamentos de uma UTI. “A diferenciação é a terminologia utilizada, porque, segundo o Ministério da Saúde, para ser definido como UTI, tem que ter centro cirúrgico. E, nos hospitais de campanha, não há centro cirúrgico”, disse.

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