As duas mulheres mortas no último fim de semana, no Distrito Federal, foram sepultadas ontem. Abalados, familiares de Karla Roberta Fernandes Pereira, 38 anos, assassinada pelo companheiro, Adenor Pacheco de Oliveira, 47, não se conformavam com a morte da mulher, que deixa três filhos menores de idade. O enterro ocorreu no cemitério do Gama, pela tarde. O velório de Tatiele Cruz, 25, alvejada a tiros enquanto esperava uma carona, foi marcado pelo clima de revolta, no cemitério de Sobradinho, durante a manhã.
Emocionada, a irmã de Karla conversou com o Correio e, com carinho, relembrou do tempo que conviveu com a dona de casa. “Ela era sempre extrovertida. Não tinha momento ruim e ajudava a todos. Uma vez, ela me falou que, se caso ela morresse, não queria ver ninguém chorando no enterro, mas, sim, todos sorrindo e dançando”, disse. Cerca de 50 pessoas compareceram à cerimônia.
Pela manhã, o corpo de Tatiele foi velado. Muitos presentes vestiam uma camiseta branca com a imagem da jovem e a frase: “Não deixarei a violência acabar com as lembranças que tenho de você”. A família atendeu ao último desejo dela, que era ser sepultada ao lado da primogênita, que morreu aos 4 meses.
O pai de Tatiele, Cícero Ferreira, 56, espera que o suspeito seja encontrado. “A pessoa que fez isso com ela tirou o sonho da gente. Eu quero que seja preso, eu vou cobrar na Justiça e quero resposta o quanto antes, porque não pode ficar impune”, desabafou. Tatiele deixa quatro filhos, de 6, 5, 3 e 1 ano.
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