Pandemia

Covid-19: Ocupação de leitos de UTI adulto é de 100% nesta quinta

Só resta um leito de UTI para pacientes mais graves e vaga é para crianças. Lotação total é de 99,75%

Depois de dois dias com apenas um leito adulto de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) livre, na manhã desta quinta-feira (8/4), as vagas para internação de pacientes mais graves acometidos pela covid-19 acabaram. O painel InfoSaúde indica que resta apenas um leito na rede pública, e este é do tipo pediátrico. Foi nessas condições, que, há pouco mais de um mês, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu decretar as restrições às atividades não essenciais. No final de fevereiro, também havia apenas um leito vago. 

Com isso, a lotação é de 99,75%. A taxa de ocupação de leitos pediátricos é de 90%. Desde essa quarta-feira (7/4), as informações sobre os oito leitos que seriam destinados aos recém-nascidos estão em branco. A secretaria de Saúde foi procurada, mas ainda não respondeu.

Sem os leitos neonatais, a quantidade total de leitos nos hospitais públicos é de 422. Desses, 404 estão cheios e 37 estão bloqueados e aguardam liberação.

Fila de espera

O tamanho da fila de espera também cresceu: nesta manhã, 265 pacientes com suspeita ou diagnóstico da covid-19 esperavam por uma vaga de tratamento intensivo. O DF acumula 352.552 casos confirmados da infecção e 6.459 mortes. Para especialistas, a despeito dos recordes de novos óbitos de março, a pandemia em abril deve se agravar.

Hospitais privados

Na rede privada a situação também é crítica e nesses hospitais são as vagas para crianças que acabaram. Essa lotação de 100% se mantém desde o começo da semana. Para os adultos que precisam de tratamento intensivo há sete leitos vagos, o que representa uma taxa de ocupação de 98,35%. Os hospitais privados contam com 438 leitos de UTI para covid-19. Desses, 420 estão ocupados e 11 estão bloqueados.

Mais leitos

Enquanto os três hospitais de campanha não são inaugurados, a secretaria de Saúde pediu ao Hospital das Forças Armadas que cedesse leitos de UTI para o Sistema Único de Saúde, mas o HFA negou a solicitação, e afirmou que opera no limite da capacidade técnica e de leitos.