Relação morna
Mesmo com os desentendimentos no último fechamento do comércio no DF, a relação do governador Ibaneis Rocha (MDB) e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está apaziguada. Segundo fontes próximas ao emebista, Ibaneis gosta de Bolsonaro, mas quer manter-se independente nas decisões locais. Apesar da paz, o governador lançou a proposta, em reunião do MBD nesta semana, de que o partido tenha candidato próprio à presidência em 2022, uma forma também de não se aliar a Lula, como planeja um grupo liderado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Os aliados do governador dizem que a ideia não tem nada a ver com Bolsonaro, mas Ibaneis defendia publicamente, até pouco tempo, que o presidente merecia ser reeleito.
Pacote de geração de empregos
O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou, ontem, que vai lançar um pacote para ajudar na geração de empregos no DF nesta semana. O emedebista, no entanto, ainda não divulgou as informações sobre o projeto. “Sei que é um momento muito delicado por conta da crise gerada pela pandemia. Mas, neste dia do trabalhador, a mensagem que quero deixar é a de esperança porque estamos trabalhando muito para reacelerar a economia e gerar empregos”, disse.
Mulheres jovens são alvo
De 94 inquéritos avaliados pela CPI do Feminicídio da Câmara Legislativa, 53% das vítimas tinham entre 30 e 49 anos e 38%, entre 18 e 29, mostra o relatório, que será divulgado amanhã na íntegra, feito pelo distrital Fábio Felix (PSol). O trabalho tentou identificar padrões e buscar soluções para o problema no DF. Chama a atenção, por exemplo, que em 21,4% dos casos o agressor usou frase similiar a “se você não for minha, não será de mais ninguém”. A CPI concluiu que medidas de protetivas de urgência, se monitoradas pelo Poder público, podem salvar vidas e destacou que é preciso reforçar o sistema de apoio local.
Continuidade
A diretoria do Sindireta, maior sindicato de servidores públicos do DF, foi reconduzida por mais cinco anos. Apenas uma chapa disputou as eleições e Ibrahim Yusef segue na presidência da entidade. Ele afirma que a pandemia deixou clara a necessidade de reforçar o serviço público. “Isso só é possível com servidores qualificados, reconhecidos, valorizados e com estabilidade”, disse.
100% digital
Processos em primeira instância no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) poderão ser feitos de maneira 100% digital. A partir de amanhã, será possível aderir ao formato no sistema da Corte. Nesse caso, não será necessário comparecer aos fóruns e tudo será feito on-line, até as audiências.
Otimismo
Os resultados de fevereiro do Índice de Velocidade de Vendas (IVV) do Mercado Imobiliário deixaram o setor otimistas para a manutenção de bons números neste ano. Neste ano, o IVV ficou em 10,5% em fevereiro contra 6,7%. Águas Claras liderou a venda de imóveis, segundo a pesquisa feita em parceria pelo Sinduscon-DF e pela Ademi-DF.
Chumbo trocado
De um lado, os governistas dizem que a tentativa de instalar uma CPI para investigar atos do Iges-DF é pura ação política com foco em 2022; defendem que a ideia é encontrar material para usar contra Ibaneis nas próximas eleições. De outro lado, a oposição diz que o governo quer esconder possíveis ilicitudes e tem medo de uma investigação mais profunda numa área em que já houve suspeita de irregularidades pelo Ministério Público.
Tudo explicadinho
A Secretaria de Comunicação lançou uma ferramenta para auxiliar a população a ter acesso a uma série de serviços oferecidos pelo governo. Chamada de Tudo explicadinho, a plataforma on-line dá passo a passo para várias funções oferecidas pelo poder público e às quais o cidadão pode ter dificuldade para usar, como registrar boletins de ocorrência, fazer pedidos de medicamentos da farmácia de alto custo e a obtenção de alvarás.
SÓ PAPOS
“Bolsonaro continua sua escalada golpista na Esplanada. Alguma manifestação de empatia por mais de 400 mil mortos? Bolsonaro é o maior aliado do vírus.”
Leandro Grass (Rede), deputado distrital
“O povo foi em peso pras ruas (...) Carreata bombando!É pelas liberdades ,pelo voto auditável e apoio ao presidente Jair Bolsonaro.”
Bia Kicis (PSL-DF), deputada federal
ENQUANTO ISSO NA SALA DE JUSTIÇA
Foram definidos os seis mais votados para disputar a vaga pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios no TJDFT. O procurador de Justiça Leonardo Bessa ficou em primeiro lugar seguido do promotor Libanio Rodrigues; e dos procuradores Maurício Miranda; José Firmo Soub; Vitor Gonçalves; e Eduardo Albuquerque. Os nomes seguirão para o TJDFT, que definirá lista tríplice. Por fim, o presidente Jair Bolsonaro escolherá um deles.
MANDOU MAL
O ministro da Economia Paulo Guedes, sem saber que estava sendo gravado, deu uma série de declarações catastróficas. A repercussão foi péssima e abriu mais uma polêmica no governo.
MANDOU BEM
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, mandou que o governo realize o Censo neste ano. As informações são importantíssimas para a análise do quadro social brasileiro e para a formulação de política públicas
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
O Brasil conseguirá barrar as fraudes e irregularidades nos cadastros para a vacinação de pessoas com comorbidades?
À QUEIMA-ROUPA
Rodrigo Delmasso (Republicanos), vice-presidente da Câmara Legislativa
O senhor vem acompanhado desde o início o processo de vacinação. Como avalia as ações aqui no DF até agora? Qual a expectativa?
O governo acertou em não usar todas as doses de coronavac de uma vez e garantir a segunda dose. Isso, inicialmente, fez com a quantidade de pessoas vacinadas fosse menor, mas agora vamos ver diferença porque alguns estados estão com receio de não receber quantidades suficientes para essa segunda dose. Se as pessoas não receberem, será preciso recomeçar. Outro ponto foi algo que recomendamos no relatório preliminar (da comissão de vacinação da CLDF) lá atrás, que foi a criação de site para cadastro e a própria secretaria ir agendando a vacinação. Fizeram esse lançamento, mas foi uma recomendação nossa anterior e isso vai ajudar a organizar o processo aqui em Brasília. A velocidade geral depende muito das doses enviadas pelo Governo Federal.
O senhor acredita que a Câmara Legislativa conseguiu cumprir seu papel durante a pandemia? Quais ações o senhor destaca?
Eu acho que está cumprindo, sim, o papel e as ações que eu mais destaco são as aprovações dos auxílios emergenciais. Aprovamos a complementação do auxílio do Governo Federal no ano passado e, recentemente, a ajuda para taxistas e motoristas de van. Há outras ações importantes, como a lei de utilização de máscaras e a que coloca atividades religiosas como atividade essencial, pois já é estabelecido que a atividade religiosa tem poder terapêutico.
Mas é possível manter segurança nas igrejas?
Não tivemos nenhum situação de aumento de casos de pessoas que frequentam cultos. Todas as instituições religiosas estão adotando protocolos. A grande maioria diminuiu o tempo justamente para evitar o risco de contágio. Na minha visão, todas as instituições religiosas têm atendido às expectativas e tomado as devidas precauções. É uma demonstração de responsabilidade.
Estava em estudo a ideia de manter sessões remotas, híbridas depois da pandemia na Câmara Legislativa. Em que pé a ideia está?
Eu particularmente acho que pela produtividade da Câmara, a gente poderia fazer de uma forma permanente sessões híbridas. Por dois motivos: nós aumentamos e muito a aprovação de projetos de lei; e pela economia porque o parlamentar usa muitas vezes a estrutura dele. Defendo a manutenção mesmo terminando a pandemia, mas vamos fazer uma audiência pública para debater para que isso não venha ser tratado como um benefício.
O senhor é muito ligado a pautas voltadas para a economia. Dá para enxergar uma retomada da economia aqui no DF neste ano?
Eu acho que este ano ainda será complicado justamente por causa das dificuldades da pandemia. O setor produtivo tem se mostrado resiliente, mas estamos batendo recordes de desemprego. Para 2022, vamos ter uma retomada muito grande. Por isso, tenho batido no ponto de que temos de planejar a retomada. Tenho privilegiado projetos que deem segurança jurídica para a retomada e que dê apoio desde os nano-empreendedores e aos grandes.
O senhor acha que é o momento de se fazer uma CPI do Iges na CLDF? A oposição diz que a base quer impedir a investigação...
Quem é a base para impedir investigação? A PCDF e o MP estão investigando. A base não está impedindo que esses órgãos apurem. A Câmara Legislativa está apoiando esse tipo de investigação. A CPI é uma investigação política. Não estou desmerecendo a atividade política mas é o momento de fazermos uma investigação política na situação que estamos vivendo? Nós estamos pregando distanciamento social. A CLDF está fechada, fazendo sessões remotas. O funcionamento remoto de uma CPI vai conseguir alcançar a expectativa da sociedade? Qual vai ser a contribuição? Vamos apresentar a solução para a Saúde e para o Iges-DF? Todos nós sabemos que é legítimo da oposição fazer esse tipo de investigação, mas existem outros assuntos que são de extrema importância e até hoje não foram investigados. Há indícios de corrupção, por exemplo, na construção de presídios que foram entregues no governo passado, por que não investigar isso? Eu não sou contra investigação, quem fez o mal feito tem que pagar por isso. Precisamos saber quem vai fazer e se é o momento.
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