Coronavírus

Mais 50,3 mil doses de vacina 

Com a nova remessa, o GDF vai dar continuidade à vacinação do público com comorbidades. No momento, podem agendar a imunização pessoas de 55 a 59 anos com alguma das doenças listadas pela pasta, além de grávidas e puérperas com enfermidades 

Samara Schwingel
postado em 06/05/2021 20:41
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O Distrito Federal recebeu mais 50,3 mil doses da vacina inglesa contra a covid-19, a AstraZeneca/Oxford, para dar continuidade à vacinação do público com comorbidades. Apesar da chegada da nova remessa, a Secretaria de Saúde não vai ampliar o público-alvo, uma vez que, das 390 mil pessoas estimadas pela pasta, apenas 122 mil realizaram o cadastro e 24 mil agendaram a vacinação. Mesmo com a baixa adesão, a intenção do GDF é finalizar a vacinação deste primeiro grupo até 18 maio.

Por enquanto, podem agendar a vacinação pessoas de 55 a 59 anos, com comorbidades, além de grávidas e puérperas com alguma das doenças listadas pela pasta. Durante coletiva, na tarde de ontem no Palácio do Buriti, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, pediu que o público-alvo não deixe de se vacinar. “Temos que vacinar o mais rápido possível com a vacina que temos agora. Todas que foram liberadas para uso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são seguras”, frisou.

Aqueles que fizeram cadastro, mas gostariam de corrigir informações, hoje, a partir das 7h, poderão fazer a retificação no site
http://vacina.saude.df.gov.br/. A intenção é filtrar de maneira mais certeira as comorbidades. Para realizar a correção, será necessário ter o número do código do sistema e do CPF. Após a correção e com o agendamento feito, na hora da vacinação, é preciso ter o comprovante de agendamento, documento de identificação e laudo médico original comprovando a existência da doença declarada.

Pfizer
O GDF também segue aplicando a vacina para os outros grupos que fazem parte do grupo-alvo da campanha, como os idosos. A ampliação da campanha para outras categorias depende de indicação do Ministério da Saúde. De acordo com o último informe técnico da pasta federal, o DF deve receber, também, mais 14 mil doses da vacina norte-americana Pfizer/BioNTech que, junto às outras 5,8 mil vacinas da fabricante, chegaram à capital federal na última segunda-feira e serão aplicadas nas pessoas com comorbidades. Porém, diferentemente das outras vacinas, a Pfizer não será distribuída às regiões de saúde imediatamente.

Segundo Okumoto, esse imunizante tem características de armazenamento e manuseio diferentes das demais. “Essas vacinas têm um armazenamento diferenciado, de -70ºC ou de -2ºC a -8ºC por cinco dias. Além disso, ela não vem pronta, e é preciso utilizar um solvente para poder fazer a aplicação”, disse. Conforme o secretário, as equipes da pasta que atuam na campanha de vacinação estão sendo treinadas para lidarem com o fármaco da Pfizer. “Os treinamentos estão sendo finalizados para, então, começarmos a aplicar as vacinas”, complementou.

Hospitais de campanha
Hoje, o primeiro dos três hospitais de campanha, construídos pelo GDF para o enfrentamento da pandemia, começa a receber pacientes. A unidade do Gama contará com 100 leitos de unidades de cuidados intermediários (UCIs) com ventilação mecânica, drogas vasoativas e diálise à beira-leito. Segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB), a intenção é que os pacientes de unidades de terapia intensiva (UTIs) sejam transferidos aos hospitais de campanha a fim de liberar leitos para a retomada de cirurgias eletivas.

Durante a coletiva, Okumoto ressaltou que só serão transferidos os pacientes considerados estáveis e que não tenham risco de piorarem no processo. A abertura das outras duas unidades, no Plano Piloto e em Ceilândia, depende da finalização de detalhes como da parte elétrica. A expectativa é de que comecem a funcionar nas próximas semanas.

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DF chega a 8 mil mortes

O Distrito Federal atingiu a marca de 8 mil mortos pela covid-19. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, nas últimas 24 horas, foram registrados 48 óbitos, dos quais seis ocorreram ontem. No mesmo período, foram notificados 1.001 novos casos da doença e o total chegou a 384.031. A média de casos encontra-se em 911, com redução de 13,17% em relação há duas semanas. Já a mediana de mortes é de 37,86, redução de 32% comparado aos últimos 14 dias. Já a taxa de transmissão está em 0,95.

O número de mortes de 2021 é de 3.767, valor equivalente a 88,44% das 4.259 registradas ao longo do ano passado. Na visão do Secretário de Saúde, Osnei Okumoto, esse aumento na mortalidade nos cinco primeiros meses deste ano deve-se à variante de Manaus, a P1, que, hoje, é a predominante no DF. A transmissibilidade aumentou e com características diferentes”, afirmou, ontem, durante coletiva no Palácio do Buriti.

Na avaliação do secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, a oscilação da taxa de transmissão é comum, mas a queda nas médias não indica que a pandemia acabou. “As pessoas precisam entender que a pandemia é algo sério, tem gente se infectando e morrendo”, disse.

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