GRIPE

Vacina para idosos e professores 

Campanha Nacional de Imunização Contra a Influenza segue em paralelo à vacinação da covid-19 em 100 unidades básicas de saúde do DF. São esperadas 383.546 pessoas do grupo prioritário da segunda etapa, que vai até 8 de junho

Cibele Moreira
postado em 11/05/2021 19:46
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Idosos com mais de 60 anos e professores das redes pública e privada agora podem receber a vacina contra a gripe. A segunda etapa da Campanha Nacional de Imunização Contra a Influenza começou ontem e segue até 8 de junho. De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, são esperadas 383.546 pessoas desse grupo prioritário. Os imunizantes estão sendo aplicados em 100 unidades básicas de saúde (UBS). A lista completa pode ser conferida no site http://www.saude.df.gov.br/. Não é necessário agendamento prévio.

A aposentada Enia de Souza Vilela, 82 anos, garantiu a dose dela na manhã de ontem. “Tomo a vacina contra a gripe desde os 60 anos, não perco uma campanha. Vim logo para garantir”, ressalta a moradora do Cruzeiro. Segundo ela, a imunização é essencial. “A vacinação é muito importante, principalmente para a população mais vulnerável como os idosos. Tem gente que fala que não vai tomar a vacina porque fica gripado depois, mas o que acontece é só um resfriado, que é bem melhor que ficar com sintomas mais graves. O meu conselho é que todas as pessoas tomem a vacina”, afirma Enia, que já tomou as duas doses do imunizante contra a covid-19.

Para a professora Rebeca Ferreira Guimarães, 24, a campanha de vacinação contra a influenza vem em um momento propício. “Os sintomas da covid-19 são extremamente parecidos com os da gripe. E nesse período onde há poucos leitos nos hospitais, a gente tem de fazer a nossa parte como cidadão e se vacinar. Para mim, como professora, é um privilégio receber gratuitamente a dose contra a H1N1, enquanto há pessoas que pagam para tomar a vacina”, pontua a moradora do Sudoeste.

Na Unidade Básica de Saúde 1, do Cruzeiro Novo, o início da segunda etapa da campanha foi marcado com música ao vivo e entrega de lembrança para quem recebeu as doses. A ação foi desenvolvida pelos servidores da unidade de saúde. “A recepção foi um presente para a população, principalmente para os idosos, que passaram muito tempo em isolamento. A gente percebia que eles (idosos) estavam muito ansiosos para receber a vacina contra a gripe, porque sempre foram os primeiros na campanha”, explica Marilene Cardoso Nascimento da Cruz, 46 anos, técnica de enfermagem da UBS e uma das responsáveis pela sala de imunização.

Gestantes e crianças
Além dos idosos e professores, a vacinação continua para gestantes, puérperas, crianças entre seis meses e seis anos e profissionais de saúde, públicos da primeira etapa da campanha. Segundo a secretaria, houve pouca adesão à vacinação contra a influenza. Até 30 de abril, apenas 113.574 das 391.783 pessoas estimadas para receber a vacina foram imunizadas.

De acordo com Marilene, essa baixa procura é algo recorrente, porém, com a pandemia, piorou. “No ano passado, a gente teve o mesmo problema. A população fica um pouco receosa de ir às UBS, mas preparamos um espaço separado para não ter contato com outros pacientes. É um ambiente seguro”, ressaltou a técnica de enfermagem. A profissional de saúde destacou que muitos pais estão deixando de vacinar as crianças. “Estamos com um problema sério com as crianças. Muitas estão chegando com os cartões de vacinação atrasados. As doenças de antigamente não existem graças à imunização. A gente não pode deixar voltar um sarampo, uma pólio, e só vamos conseguir isso se manter a vacinação em dia”, ponderou.

O gerente da unidade, Iratan Crisóstomo, ressalta a necessidade das pessoas se vacinarem contra a H1N1. “Nós estamos no período sazonal das infecções respiratórias agudas, e em um período da pandemia. Mais uma vez, a gente tem de mitigar a questão de eliminar os riscos de que outros vírus cheguem na população além da covid. A influenza é um dos vírus que mais mata no Brasil por infecção respiratória”, ressalta o gestor. Iratan explica que, apesar de o novo coronavírus ter uma maior capacidade de contaminação, a letalidade da doença é menor que o da H1N1.

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